Uns 20 anos depois, começámos a escutar que o Aeroporto de Lisboa ficaria impraticável no início do Séc. XX, pois colapsaria face ao enorme movimento e incapacidade logística de operar crescente número de vôos. Cum raio, rapidamente ficaríamos sem aeroporto para procuramos mundo e para sermos procurados. Tínhamos então de ir para a Ota ou para Alcochete.
Mais uns anos e escutaríamos da voz de um dos maiores responsáveis pelo endividamento público português, que a dívida pública não seria problema, que seria mesmo coisa de crianças, que as dívidas não se pagam, gerem-se apenas. Cum raio, finalmente uma boa notícia.
Recordo estas três patranhas, simbolicamente, para dizer que doravante já estarei mais atento ao que me vão dizendo. É que, não obstante haja petróleo com fartura, ele está caro; não obstante os vôos tenham mais do que duplicado, o aeroporto de lisboa continua a responder em segurança e a dívida – ai a dívida – essa não é coisa de crianças. Sente-se até ao tutano!
A ver se já não me deixo enganar novamente!