Com o petróleo na casa dos 140 USD, os preços das matérias-primas e alimentos a subir, e os bancos e instituições financeiras a acusar ainda as perdas com o “sub-prime” (crédito malparado com as hipotecas sobre imóveis nos EUA), vivemos um momento difícil na Bolsa portuguesa. Podemos dizer que a Bolsa reflecte a economia nacional, que vive um período de preços dos produtos a galopar, das taxas de referência de juros a subir – provavelmente ainda subirá até ao fim do ano 0,5%.
Neste contexto, leia-se conjuntura, a Bolsa de Lisboa teve o seu pior semestre de sempre, sim de sempre! Ao ponto de perder desde Janeiro,30 mil milhões de euros. É mais do que vamos receber de Fundos Comunitários da União Europeia em todo o QREN até 2013. É, de facto, muito dinheiro. Por isso, no momento em que este portal executivo.beira.pt nasce o comentário sobre a bolsa não pode ignorar esta triste realidade. Se os índices bolsistas reflectem a crise, então a crise é grave, muito grave diríamos nós.
Contudo, historicamente, é em momentos destes que alguns bons negócios se realizam. Quem acreditava, a título de exemplo, que depois de um bem sucedido aumento de capital do BCP as acções estivessem a cotar a 1,29 euros? É assim a economia, ou melhor, os mercados financeiros, onde para além dos muitos cálculos e modelos matemáticos, também abunda muita especulação.