Não fossem as notícias dos 700 despedimentos diários no nosso país e do aumento dos candidatos ao rendimento mínimo (rendimento social de inserção), mesmo em Lisboa, e por esta quinzena que agora começa, pareceria que o país vive ondas de euforia incontidas, em ambiente colorido e propagandístico. Estamos em eleições europeias. Isso explica os milhares de novos cartazes e placards e as muitas manifestações e grandes gastos partidários.
O País vai a votos num quadro de miséria engalanada, com mais pobres, mais precários e mais desempregados, mas também com mais gastos em campanhas eleitorais.Quem está no poder gastará sempre mais, e conseguirá dinheiro para custear grandes comícios, ainda que com recurso a excursões que levam os mesmos apoiantes a diferentes ocorrências. Depois alguns não percebem como puderam ter tão reduzido número de votos se os comícios pareciam fabulosos… Os nomeados estarão assegurados por entre os primeiros assistentes e serão os primeiros a aplaudir e a lançar as palavras de ordem. É assim.Nestas duas semanas, a economia europeia ficará suspensa do resultado deste acto cívico de âmbito europeu, pelo que não será de esperar grandes oscilações bolsistas. Não deverá haver, pois, lugar para grandes negócios, sendo previsível, até, uma breve correcção de algumas subidas porventura exageradas das últimas semanas. E para infelicidade de quem tem empréstimos para pagar, os juros vão começar a subir, ainda que muito lentamente…
Não resisto contudo a indicar-lhes duas ou três acções que estão longe do valor ideal, e que, por conseguinte, poderão dar-lhes ganhos de cerca de 20% do valor investido, no espaço de um ano. Para os tempos que correm terá o leitor de admitir que é um bom objectivo.
Esteja pois atento à Sonae Capital, à Portucel e à EDP, como títulos que o poderão acompanhar nos próximos investimentos.
Recordamos uma vez mais, que esta opinião não passa disso mesmo, uma simples opinião, que qualquer um pode emitir, não nos podendo pois ser assacada qualquer responsabilidade, devendo o leitor aconselhar-se com profissionais do sector (o que nós não somos). Mais informamos que na nossa pequena carteira pessoal não temos presentemente títulos das empresas supra referidas.
Bons investimentos! Ah, já me esquecia, e se não tiver dinheiro disponível para investir? Nesse caso, não peça emprestado que os tempos ainda não estão para isso, mas sempre pode vender umas acções (daquelas que já não sobem há demasiado tempo, e apostar nas que têm maior potencial de subida…). Claro que há risco. Estamos a falar de acções, certo?