2010 começou por ser um bom ano para quase todas as empresas do PSI 20 e para algumas do PSI Geral. Foi uma grande entrada no Ano Novo para a quase generalidade dos títulos.

Entrados em 2010, o pessimismo foi afastado por uma semana positiva na Bolsa com todos os títulos a subirem significativamente. Acresce que foi uma semana de muito frio na Europa, o que só por si faz aumentar o preço do petróleo e, consequentemente, das Companhias que produzem e negoceiam energia. Assim foi por cá. Com os Bancos e gestores de fundos habilitados com a liquidez gerada pelas subscrições de PPR dos últimos dias do ano, eis que o mercado se agitou e face às boas notícias do ano de 2009 – em termos bolsistas – a bolsa começou verdinha.
Na Primavera de 2009, nestas crónicas, por diversas vezes se disse que havia acções a preços convidativos ao investimento e de facto, algumas duplicaram de valor nesse ano, dando mais-valias de 100% (SONAE, SGPS), sendo que a bolsa se valorizou em aproximadamente 34%, o que acabou por ser algo de muito bom no meio da tão falada crise. Recorde-se que os preços do custo de vida caíram 0,8% em 2009, não se tendo chegado à situação de deflação.
2010 começou, pois, por ser um bom ano para quase todas as empresas do PSI 20, e para algumas do PSI Geral. Veja-se, por exemplo, a INAPA e o excelente comportamento, talvez motivado pela possível entrada para o grupo das 20, o que lhe dará maior liquidez e visibilidade. Melhoraram, pois, as indústrias e produtoras de papel, melhoraram as instituições financeiras, as que operam na distribuição e consumo e as indústrias energéticas. Foi uma grande entrada no Ano Novo para a quase generalidade dos títulos.
Mas, há sempre um “mas” no mundo dos negócios: alguns aproveitaram para realizar mais-valias muito cedo, começando bem o ano, e o vermelho regressou à Bolsa logo na segunda semana do ano. A Jerónimo Martins parece querer continuar a valorizar esta semana, face à boa notação que vem recebendo das casas avaliadoras, e a Banca continua muito apetecível, bem com as energéticas, que o ano vai de altos consumos. Mas não se esperem grandes valorizações, pelo menos até se começar a falar em dividendos.
Numa perspectiva de investimento menos especulativo e no médio prazo, esteja também atento à SEMAPA, ALTRI, PORTUCEL, INAPA e SONAE INDÚSTRIA, que operam em sectores que não podem deixar de se valorizar este ano. Recorde-se que algumas economias emergentes (com as quais as empresas portuguesas têm relações comerciais) vão crescer este ano 8 e 9%.