1. A vinda do FMI após a governação penosa dos anos 83/85;
2. A demissão de um Primeiro Ministro ante a ameaça de um pântano político e económico, e
3. A ameaça recente de demissão de outro PM em situações ainda mais difíceis do que as anteriores, se houver reprovação do Orçamento de Estado.
Todas elas com denominador comum: uma governação de aumento de impostos (que depois não baixaram), com muitos sacrifícios em final de governação, com excessivo endividamento nacional, com abandono dos responsáveis e com um imenso crescimento do Estado, cujas gorduras acabariam por paralizá-lo e ditar vários empobrecimentos, não só económicos mas culturais e cívicos.
Presentemente – muitos o vinham dizendo e antecipando – as coisas tinham de mudar, ou de modo inteligente e prospectivo, ou de modo meramente reactivo, “avulsando” medidas que depois já não permitem a recuperação de coisa nenhuma. Basta pensar no IVA a 23% e no quanto será castrador de desenvolvimentos económicos com refreamentos de consumos e perda de competitividade!
Ontem no final do Conselho de Ministros as más notícias dos “remédios” inadiáveis sucederam-se e doeram (mais do que os golos sofridos pelo Benfica), e em vez do OE ser um instrumento previsional de receitas e despesas com grandes orientações de política económica, tornou-se numa tenaz que corta direitos, nega as oportunidades do presente e impõe enormes nebulosidades sobre o futuro.
Foi demasiado rápida esta passagem para o empobrecimento colectivo do país.