Não temos vindo à presença dos leitores do portal executivo, desde que aqui previmos a necessidade de o País vir a ser resgatado pelo FMI e Banco Central Europeu. Com efeito, daí para cá, dada a trajectória que a nossa economia vinha desenhando, tornou-se inevitável a negociação de um empréstimo extraordinário, em condições difíceis, mas sem as quais não teríamos crédito internacional.
Escusado será dizer, que chegados a esse patamar, abeirados do precipício, a nossa economia iria ressentir-se duramente, com cortes na despesa, no investimento, nos consumos, aumento de impostos, etc etc., ao sabor das exigências dos novos credores. Inevitavelmente, as bolsas de valores dos países que recorrem à ajuda externa, tombam de forma significativa. Assim foi com a nossa, a cair penosamente, para valores quase “impossíveis”. Só para ilustrar esta impossibilidade, o BCP está nos 25 cêntimos e o BPI nos 77 cêntimos. Parece mentira; mas não é!
A debandada dos accionistas que, em crónica de Janeiro adiantámos iria acontecer, a saída massiva de capitais do país que se empolgava rumo à bancarrota, e a mais recente classificação de “lixo” dos nossos activos financeiros por uma Agência de notação internacional, prepararam o caminho para esta desgraça bolsista. Pelo meio, desde Junho último que temos novo Governo, face à demissão do anterior, certamente face ao Estado crítico a que chegámos.
Por último, o mundo financeiro volta a tremer, com quedas e dificuldades dos EUA à Europa dos ricos (Itália, Espanha, e mesmo a França), que depressa avolumam os nossos já grandes dissabores. É difícil traçar aqui uma linha de evolução económica que não toque a volatilidade, os sobe e desce frequentes a que já nos vamos habituando. Longe dos mercados foi o conselho mais avisado que aqui pôde ler em comentários anteriores. Boas férias, já que os investimentos não podiam ser piores.