Em Portugal, nascem menos de 100 mil bebés por ano, quando nos anos 60 do séc XX nasciam bem mais de 200 mil. Esta realidade torna insustentáveis todas as políticas de desenvolvimento, local, regional ou nacional. Passaremos a ser pouco mais de 6 milhões em apenas 2 gerações, o que se constituirá no maior problema nacional. Será um problema que ultrapassará a actual crise da dívida pública. Será um grave problema de soberania nacional. Um país envelhecido e desprovido de novas gerações nāo terá muito de que se orgulhar. De pouco contarāo as boas infraestruturas e equipamentos se nāo houver quem deles disfrute!
Sāo necessárias políticas transversais, desde a Coesāo Territorial ao estabelecimento de um quadro de apoio pontual e específico à natalidade. Somos hoje um dos Estados mais centralizados do Mundo, no atinente à repartiçāo das despesas e investimentos públicos e aí residirá uma boa parte do problema. Um país desigual e a concentrar-se na Capital, onde ainda nascem menos crianças, fará com que todo o vasto território venha a estar despovoado em breve.
Muitas das Regiões do interior vêm perdendo 1% da população desde os anos 60 do século passado, e essa será a média expectável para os próximos 50 anos, se nada de diferente se fizer! Será assim até ao despovoamento total dos territórios do Interior em apenas duas gerações! Somos hoje um povo envelhecido, e de filhos únicos. Seremos amanhā uma Naçāo sem futuro se este “inverno demográfico” nāo se transformar numa Primavera Demográfica!!!!!