Hoje de manhã (entre as 09.30 e as 11.30) e à tarde (das 14.00 às 16.00), 220 mil alunos vão sentar-se em frente ao exame de Português do 4.º e 6.º anos, respetivamente. A garantir que são cumpridas todas as regras vão estar cerca de 20 mil professores. Uma operação que levou ao encerramento da maioria das escolas. No total vão receber exames do 4.º ano 1088 escolas e do 6.º ano 1150. Nem todas vão estar fechadas, mas na maioria não há condições para manter os alunos concentrados a fazer um exame nacional e os restantes a ter aulas normalmente. “Os diretores ou fecham a escola ou organizam visitas de estudo para os outros alunos”, aponta Manuel Pereira, diretor do agrupamento de Cinfães. Também Filinto Lima, diretor em Vila Nova de Gaia, critica o transtorno que os exames a meio do último período causam na vida das escolas. Hoje e quarta-feira (dia do exame de Matemática) milhares de alunos do 5.º, 7.º, 8.º e 9.º ano não vão ter aulas. O que para estes últimos tem ainda mais significado já que também eles vão ser submetidos a exames nacionais, em junho. “É um constrangimento grande para as escolas ter exames a meio do ano letivo”, defende Filinto Lima, dirigente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP). Mas este não é o único ponto polémico em torno destas provas. Na sexta-feira, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) enviou aos diretores um ofício em que recordava que para parar as aulas é preciso a autorização das associações de pais. Um pedido considerado “lamentável” pelos diretores e “chantagem” no entender dos pais. Os resultados destas provas vão ser divulgados a 12 de junho e quem, nessa altura, estiver chumbado pode repeti-las a 9 e 14 julho, depois de um período extra de compensação. O acompanhamento, que tem de ser autorizado pelos pais, foi aplicado pela primeira vez no ano passado aos alunos do 4.º ano e permitiu recuperar 652 alunos (20% dos que iam chumbar).
Escolas fechadas para exames de 4.º e 6.º anos
Provas nacionais arrancam hoje com um dia folga para os alunos que não fazem exames. Vinte mil professores vão vigiar os alunos do 4.º e 6.º anos.