O presidente do conselho de administração da REFER, Rui Lopes Loureiro, disse esta tarde à Rádio, durante uma curta paragem efectuada na estação da Guarda no âmbito de uma visita de trabalho à Linha da Beira Alta, que a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda (PLIE) «dificilmente terá ligação ferroviária». Aquele responsável aponta erros ao projeto, relativamente à localização. Ainda que tenha sido construída a poucos quilómetros da estação da Guarda e do traçado da linha que liga à fronteira, a PLIE «está muito alta em relação à cota da linha», pelo que um ramal seria «extremamente difícil e oneroso». Quanto à passagem de nível na zona da Quinta das Bertas, onde no último ano houve dois acidentes (um dos quais com duas vítimas mortais), o presidente da REFER assegurou que o sistema de automatização estará concluído «até Setembro», adiantando que estão em curso negociações com a Câmara da Guarda para a possível construção de um viaduto, que anulará definitivamente o problema. Sobre a conclusão das obras na Linha da Beira Baixa, Rui Lopes Loureiro adiantou que deverão começar em simultâneo com a requalificação da Linha da Beira Alta «ou até antes», provavelmente durante o próximo ano. O presidente da empresa ferroviária considera mesmo que o mais adequado será garantir a ligação entre a Guarda e a Covilhã antes do início da remodelação do eixo Aveiro-Vilar Formoso, de modo a que, na eventualidade do corte da Linha da Beira Alta devido aos trabalhos, o tráfego possa ser desviado para a Beira Baixa. Quanto a prazos, o presidente da REFER apenas confia na conclusão de todos os trabalhos «antes de 2020».
PLIE «dificilmente terá ligação ferroviária», diz presidente da REFER
Ainda que tenha sido construída a poucos quilómetros da estação da Guarda e do traçado da linha que liga à fronteira, a PLIE «está muito alta em relação à cota da linha», pelo que um ramal seria «extremamente difícil e oneroso», refere Rui Lopes Loureiro.