“A situação atual causa grandes prejuízos e danos avultados, provocados pelas inundações das garagens, onde a água chega a atingir entre 15 a 20 centímetros. Nas costas dos edifícios da Rua do Pina existe um espaço, o qual, se estivesse direito e com mais iluminação que a existente, era o espaço ideal para servir de estacionamento para os carros, visto que já se torna praticamente impossível arranjar estacionamento à hora de almoço e no final do dia”, relatam os moradores. E acrescentam: “Entre os lotes 13 e 14 existe um espaço público, que pretendemos seja reconstruído o passeio em toda a volta, a colocação de mais algumas árvores e a colocação de relva, algo prático, simples e modesto, só para aquele espaço não criar um mau aspeto”. O porta-voz dos moradores, Hélder Miguel Cruz Fernandes, disse ao Jornal A Guarda que, quando chove muito, os esgotos de um bloco habitacional, “em vez de saírem, entram para a casa de uma pessoa”. O responsável lembra que em 2008 foi pedida a requalificação da Rua do Pina, mas a Câmara Municipal da Guarda apenas colocou um novo tapete de alcatrão e ignorou os restantes pedidos. O assunto já mereceu a realização de dois abaixo-assinados, um em 2008 e outro em 2013, que foram enviados à Câmara Municipal da Guarda e à Junta de Freguesia. Como a situação ainda não foi resolvida, os moradores voltaram a alertar, recentemente, por escrito, as duas autarquias para o assunto e agendaram uma caminhada para o início de abril. Hélder Miguel Cruz Fernandes considera “lamentável” a ausência de uma resposta para o problema, indicando que “muitos moradores já começam a dizer que, se a situação continuar, não pagam o IMI em 2015”. “É uma situação lamentável. Fui eu que fiz o abaixo-assinado e toda a gente (cerca de 150 subscritores) se mostra disponível para fazer algo mais”. Para o dia 6 de abril foi marcada uma caminhada “para denunciarmos a situações e alertar as entidades para o problema e promover a união entre os moradores”, disse. Os habitantes na Rua do Pina lembram que o assunto é do conhecimento do atual presidente da Junta de Freguesia da Guarda, que nos dois mandatos anteriores também presidiu à Junta de S. Miguel. “O próprio presidente da Junta, agora e em 2008, alegando que não há recursos financeiros para efetuar a obra, disse que só poderia ser feita uma intervenção no local se os moradores colocassem o material e a Junta a mão-de-obra”, recordou o porta-voz dos moradores. Na sequência da exposição entregue no dia 18 de outubro de 2013, os moradores escreveram recentemente aos presidentes da Câmara e da Junta da Guarda a lembrar a existência dos problemas naquela rua. “Nós moradores, não entendemos que V. Ex.ª passados quatro meses não tenha tido tempo nem disponibilidade para nos dar qualquer tipo de resposta. Sabemos que os assuntos herdados da anterior governação lhe têm ocupado muito tempo, mas, nós, já há cerca de 20 anos que ansiamos por passeios dignos, espaços verdes arranjados com alguma dignidade, sarjetas de escoamento de águas a funcionar, tampas reparadas/substituídas, entre outros”, lê-se na missiva enviada, no dia 26 de fevereiro, ao presidente da Câmara da Guarda. Já no documento enviado na mesma data à Junta de Freguesia é referido que “a cada dia que passa, a desilusão e a falta de confiança na capacidade dos nossos governantes cresce, e está presente em cada morador da nossa rua”.
Moradores pedem obras urgentes na Rua do Pina
Os moradores na Rua do Pina, na Guarda-Gare, estão descontentes com o estado em que se encontra aquela artéria e pedem obras urgentes para que sejam solucionados os problemas que “causam transtorno e graves prejuízos”.