Janeiro foi um mês negro para a indústria automóvel europeia, de acordo com a Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA).
As vendas automóveis caíram 8,7% para 885,159 unidades nesse mês, o que fez de janeiro de 2013 o pior arranque anual da indústria automóvel europeia desde pelo menos 1990, altura em que a ACEA começou a compilar dados. Os números são mais um sinal de como a contracção económica no sul da Europa está a afetar as duas maiores economias do Velho Continente e, por consequência, o desemprego na região. Em França as vendas retraíram 15% no primeiro mês de 2013 e encolheram 8,6% na Alemanha. Ainda de acordo com a ACEA, Ford (-26%) e PSA Peugeot Citröen (-16%) registaram as quebras mais acentuadas em termos de vendas na Europa durante o mês de janeiro. A alemã Volkswagen, a maior fabricante europeia, não escapou a este cenário com uma quebra de vendas de 5,5%. Enquanto na francesa Renault o decréscimo foi de 6,1%, sendo que o grupo já admitiu que até 2016 irá reduzir 7.500 postos de trabalho em França. A Toyota perdeu 16% na Europa devido à quebra de 47% da marca Lexus detida pelo grupo japonês. A congénere Nissan, que tem uma parceria com o grupo Renault, caiu 6,4% A fabricante de carros de luxo alemã BMW e a Daimler conseguiram fintar o cenário de quebra de vendas que atingiu a maioria das marcas com uma aposta em novos modelos. Em janeiro as vendas da BMW cresceram 6,4%, enquanto a Daimler ganhou 4,7%. Em 2012 a indústria automóvel na UE a 27 emagreceu para mínimos de 17 anos e 2013 deverá ser o sexto ano consecutivo de quebra na actividade.