A associação ambientalista Quercus classificou este ano 356 praias com “Qualidade de Ouro”, menos 38 do que na época balnear de 2023, com as regiões Tejo/Oeste e Norte a registar a maior subida, com 74 e 71, respetivamente. Na região destacam-se 10 praias galardoadas, nomeadamente, Manteigas (Relva da Reboleira), Guarda (Valhelhas e Vale do Mondego), Sabugal (Quadrazais e Alfaiates), Gouveia (Vale do Rossim), Seia (Vila Cova à Coelheira, Poço do Lagar, Loriga e Lapa dos Dinheiros).
Em comunicado, a associação indica que, das 356 praias galardoadas, 291 são costeiras (82%), 55 interiores (15%) e 10 de transição (3%).
Nas zonas costeiras tiveram a classificação de “Qualidade de Ouro” 58 praias dos Açores, 24 da Madeira, 55 do Tejo e Oeste, 54 no norte, 58 do Algarve, 17 do centro e 25 do Alentejo.
Nas zonas do interior foram galardoadas 16 do Tejo e Oeste, 14 no norte, 22 do centro e três do Alentejo.
Nas praias de transição, obtiveram a classificação três do Tejo e Oeste, três do Norte, três do Alentejo e uma no Algarve.
Em comparação com 2023, segundo os dados da Quercus, registou-se uma diminuição das praias distinguidas nas regiões do Algarve (menos 26 galardões), seguida da região Tejo e Oeste (menos 24 galardões), com descidas de 31% e 24%, respetivamente.
De acordo com a associação, verificou-se o mesmo nas Regiões da Madeira (menos oito praias) e do Centro (menos uma praia).
A Região Autónoma dos Açores apresentou a subida mais expressiva quando comparado com 2023 (com mais 12 galardões), seguida do Alentejo (mais três galardões) e do Norte (mais seis galardões).
A Quercus adianta que este ano registaram-se 11 zonas balneares estreantes, galardoadas pela primeira vez com Qualidade de Ouro, das quais cinco são interiores, quatro costeiras e duas de transição, situadas na Região Autónoma dos Açores e Madeira, região Centro, Norte e Tejo e Oeste.
Este ano, a associação registou uma forte descida nas águas balneares costeiras, com menos 36 galardões face a 2023.
“Nas águas balneares interiores, registou-se apenas um galardão a menos em relação a 2023, sendo que as águas balneares de transição se mantiveram”, é referido na nota.
Segundo a Quercus, a descida do número de galardões foi na maior parte dos casos motivada pelo incumprimento do critério relativo às análises realizadas na época balnear 2023.
“Verificaram-se níveis de poluição algo persistentes, não inteiramente esclarecidos, mas para os quais poderá ter contribuído o impacte da pressão turística em algumas regiões”, indica a associação.
A Quercus salienta que em algumas situações, “estes episódios de poluição originaram a interdições temporárias da prática balnear e tiveram reflexo nos parâmetros de ‘Enterococos Intestinais’ e/ou ‘Escherichia coli’, tendo sido ultrapassados os valores máximos considerados na atribuição deste galardão”.
Na nota, a associação destaca ainda o lançamento de um mapa interativo das praias galardoadas com “Qualidade de Ouro” disponível AQUI.
O galardão “Praia com Qualidade de Ouro” distingue anualmente a qualidade da água balnear das praias de portuguesas, com base na informação pública oficial disponível, tendo exclusivamente em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas, segundo a associação ambientalista.
Para receber a classificação de praia com “Qualidade de Ouro”, a água balnear tem de respeitar vários critérios, como uma qualidade da água “excelente” na classificação anual das cinco épocas balneares anteriores à última e todas as análises realizadas na última época balnear (2023) deverão ter apresentado resultados melhores em vários indicadores bacterianos.