No próximo sábado, dia 13 de abril, pelas 15 horas, decorrerá, na Biblioteca Municipal de Gouveia uma tertúlia sobre “A vida na clandestinidade contada na primeira pessoa”. A iniciativa é moderada pela professora Fátima Veiga, e contará com os testemunhos de Mariana e Armando Morais, um casal que viveu de perto as consequências da política do Estado Novo. A iniciativa integra o programa das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Filha de um casal que viveu clandestinamente, por serem ambos funcionários do partido comunista, Mariana foi, desde cedo, presenciando como seria viver em tais condições. Na sua casa funcionava uma tipografia clandestina, coordenada pelos seus pais, que trabalhava para o PCP e de onde surgiu o gosto de Mariana pelas letras. Esse gosto foi confirmado pela licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior, concluída no ano de 2002.
Armando Morais adquiriu ligação com o partido comunista, após ter saído das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, trabalho que ingressou aos 16 anos de idade. Optar por uma vida na clandestinidade, enquanto funcionário do PCP, levou-o a uma constante vigia por parte da PIDE/DGS durante a sua luta pela liberdade.
Ainda que com os mesmos valores políticos, o casal protagonista da sessão de dia 13 de abril teve percursos de vida diferentes até se conhecerem no ano de 1969 realça a nota informativa da autarquia.
