Segundo Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), as obras correspondem à denominada 3.ª fase da Plataforma Logística da Guarda (PLG) e devem ficar concluídas no final do ano.
A empreitada representa um investimento de cerca de 900 mil euros + IVA e é comparticipada em 85% por fundos comunitários.
A intervenção inclui, entre outras ações, o movimento de terras, a execução de redes de drenagem de águas residuais pluviais e domésticas, infraestruturas de eletricidade, de telecomunicações e de gás, arruamentos e arranjos exteriores.
O autarca referiu à agência Lusa que o investimento é tão importante para a cidade que o município está a ponderar a possibilidade de “fazer mais uma fase de ampliação” do complexo empresarial.
“Porque existe a necessidade da instalação de várias empresas na Plataforma Logística. Continuam a chegar alguns pedidos e nós [Câmara Municipal da Guarda] temos que criar as condições para a sua fixação. Mas, tal como eu sempre disse, ao mesmo tempo que iríamos iniciar a 3.ª fase, já tínhamos que começar a pensar numa 4.ª e numa 5.ª fase. Este é o planeamento de médio e longo prazo que deve ser sempre bem feito. É isto que deve ser feito. E é esse caminho que nós queremos continuar a trilhar”, justificou.
A 3.ª fase de ampliação da PLG prevê a criação de cerca de 40 lotes de terreno, mas Sérgio Costa apontou que há necessidade de rapidamente o município duplicar “este número de lotes”.
Adiantou que “já há algumas reservas” para os espaços que estão previstos para a zona que está a ser ampliada, o que “é um bom sinal para o futuro”.
“Se nós queremos que aquela Plataforma Logística se emancipe, se fortaleça, e que seja cada vez mais conhecida no nosso território português e espanhol e, com esta antevisão da criação do ‘porto seco’, temos que estar preparados para o futuro”, justificou o presidente da autarquia da cidade mais alta do país.
Segundo um decreto-lei publicado no dia 04 de março, em Diário da República, a gestão do terminal ferroviário de mercadorias da Guarda vai passar da Infraestruturas de Portugal para a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.
A decisão vai permitir que seja criado na cidade beirã um porto seco, cujo conceito legal criado em 2019 “potencia a concentração e o desembaraço das mercadorias que circulam entre armazéns de depósito temporário, aumentando a competitividade dos portos e do setor exportador e importador nacional”, de acordo com o texto legislativo.
A PLG, edificada perto da localidade de Gata, nas proximidades da cidade da Guarda, é uma plataforma transfronteiriça inserida na Rede Nacional de Plataformas Logísticas, contemplando áreas de transportes/logística, localização empresarial, inovação tecnológica e de apoio e serviços.
A plataforma representou um investimento de 34 milhões de euros e é considerada um “projeto âncora” para o desenvolvimento empresarial e económico da região, disponibilizando um total de 196 lotes.
No complexo empresarial estão instaladas várias empresas e um Parque TIR para apoio ao transporte internacional rodoviário de mercadorias.