A iniciativa é promovida pelo município em parceria com a empresa Águas do Vale do Tejo, SA e o Projeto Eco Escolas.
Segundo a autarquia presidida por Manuel Fonseca, a campanha de sensibilização vai decorrer este mês e no próximo e tem como objetivo “sensibilizar a população para mudanças de comportamentos e de hábitos no seu dia-a-dia, na boa gestão da água”.
No âmbito da atividade “Poupe Água Hoje, Para Não Faltar Amanhã” serão realizadas ações de sensibilização dirigidas especificamente aos funcionários da Câmara Municipal de Fornos de Algodres, através das redes sociais oficiais, de ‘outdoors’ e de distribuição de ‘flyers’ com “dicas de poupança de água”.
A campanha também inclui o envio de mensagens exclusivas por SMS e ações a realizar no Agrupamento de Escolas de Fornos de Algodres.
A iniciativa está inserida na Estratégia Municipal Ambiental 2022-2025, referiu a autarquia em comunicado hoje divulgado.
“Portugal encontra-se em situação de seca extrema, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Todas as instituições, quer públicas, quer privadas, têm um papel ao longo do ano de mitigar e sensibilizar para o uso eficiente da água”, considerou a fonte.
O município acrescentou que “face à necessidade de se mitigar a escassez hídrica e assegurar a resiliência do concelho, a gestão hídrica constitui um programa específico de intervenção estratégica para a Câmara Municipal de Fornos de Algodres”.
“É crucial colocar cada vez maior ênfase na utilização do uso eficiente da água, na prevenção da poluição das massas de água, e na conservação dos ecossistemas ribeirinhos e sua interligação ao ciclo urbano da água”.
O presidente da autarquia, Manuel Fonseca, disse na sexta-feira à agência Lusa que está preocupado com as consequências que a seca poderá ter ao nível do abastecimento de água às populações.
“[O abastecimento] é uma responsabilidade da empresa de distribuição de águas no concelho de Fornos de Algodres, mas também nos preocupa, porque estamos a ser fornecidos pelo rio Mondego e nós verificamos que o caudal está a baixar”, referiu.
De acordo com Manuel Fonseca, “a empresa das águas já se encontra a preparar algum plano de contingência e o município estará com a empresa para ajudar no processo”.
Mais de metade do território de Portugal continental (57,7%) estava no final de dezembro em situação de seca fraca, tendo-se registado uma ligeira diminuição na classe de seca severa e um aumento na seca moderada, segundo dados do IPMA.
Conforme anunciado pelo Governo no passado dia 01, devido à seca em Portugal continental, há limites à produção de energia em várias barragens: Alto Lindoso/Touvedo, Vilar – Tabuaço, Alto Rabagão, Cabril e Castelo de Bode.
A água da barragem de Bravura, no Barlavento algarvio, deixou de poder ser usada para rega.