Francisco Dias disse esta quarta-feira à agência Lusa, quando questionado sobre o resultado que o partido espera obter nas eleições de domingo, que, em termos pessoais, já ganhou pelos contactos realizados.
“Eu já ganhei. Só pelo facto de ter andado na campanha eleitoral, convivido com as pessoas da minha terra, com os meus conterrâneos, e falado com eles e auscultado as dificuldades que tiveram, já me sinto vitorioso”, disse o candidato no final de uma campanha de limpeza de lixos e de objetos abandonados na zona da Pombeira, nos arredores da cidade.
Na opinião do candidato, cabe “ao povo” a escolha dos representantes autárquicos, lembrado que a candidatura do Chega transmitiu a sua mensagem “com calma” e “com clareza”.
“Inclusivamente, falámos de algumas questões que o povo não conhecia e que só agora [as pessoas] vieram a conhecer. Portanto, acho que temos o mérito de, pelo menos, falar a verdade”, acrescentou.
Depois de apontar que “a sondagem real é no dia 26”, considerou que poderá verificar-se “uma surpresa” nas urnas.
“Nós vamos ter representantes do Chega em todos os órgãos da autarquia”, vaticina.
A candidatura do Chega realizou hoje mais uma ação de limpeza efetiva nos arredores da cidade, garantindo o cabeça de lista que o partido, “quando ganhar a Câmara”, vai continuar “a política da cidade limpa, protagonizada pelo candidato à Assembleia de Freguesia da Guarda, Pedro Almeida”.
Francisco Dias criticou a autarquia por ter concessionado a distribuição de água e recolha de lixos urbanos e a cidade estar “suja e completamente abandonada”.
O candidato do Chega à Assembleia Municipal, Luís Soares, explicou à Lusa que abraçou o projeto da candidatura numa perspetiva de alertar os concidadãos “para o estado em que a cidade e o concelho” se encontram.
O Chega defende ideias e projetos “sobretudo numa perspetiva de desenvolvimento económico, porque sem desenvolvimento económico não há pessoas”, indicou.
Segundo Luís Soares, algumas candidaturas autárquicas “não dizem nada, têm intenções, e outras, que até se dizem pela Guarda”, votam contra “projetos essenciais da requalificação urbanística”, como a construção de uma nova alameda na cidade.
“Há candidaturas que inviabilizam o desenvolvimento numa perspetiva de interesse próprio. Isso não é estar pela Guarda. Quando se chumba um projeto destes [proposto pelo atual executivo] é estar contra a Guarda”, disse.
A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.
Na Guarda, além de Francisco Dias, são candidatos à liderança do município Sérgio Costa (independente), Carlos Chaves Monteiro (PSD), Luís Couto (PS), Pedro Narciso (CDS-PP), Honorato Robalo (CDU) e Jorge Mendes (BE).