A atribuição de nomes a tempestades, esclarece o IPMA, tem como objetivo “chamar a atenção da população e dos meios de comunicação para a prevenção e salvaguarda de vidas e bens em situação de risco, melhorar a comunicação entre os serviços de meteorologia e com a estrutura de proteção civil”.
Aurore, Blas, Celia, Diego, Evelyn, Fabio, Georgia, Hans, Isabel, Jean-Louis, Konstantina, Lucas, Marjane, Nikolai, Odalys, Paris, Rada, Stefano, Taimi, Vladimir e Wallis. São estes os nomes das tempestades que vão afetar a Europa na época 2021/2022, que começou no início deste mês, revela o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) numa nota publicada no seu site.
O organismo explica que “é atribuído um nome a todas as depressões extratropicais que originem um aviso de vento de nível laranja ou vermelho no sistema internacional de avisos meteorológicos, ou que tenha um impacto no território que mereça especial atenção de vigilância meteorológica”.
O primeiro país que emite esse aviso dá o nome à depressão/tempestade e informa os restantes países, que deverão manter o nome.
A atribuição de nomes a tempestades, esclarece o IPMA, tem como objetivo “chamar a atenção da população e dos meios de comunicação para a prevenção e a salvaguarda de vidas e bens em situação de risco, melhorar a comunicação entre os serviços de meteorologia e com a estrutura de proteção civil, facilitando a monitorização e estudo de depressões ao longo do seu percurso sobre a Europa”.
Os meteorologistas chamam ainda a atenção para “o facto de as depressões a que seja atribuído um nome, por reunirem condições de vento muito forte numa região da Europa, poderão ter outros efeitos, ou mesmo nenhuns, sobre o território nacional”.
Por outro lado, acrescentam, “sendo a intensidade do vento o critério principal para dar o nome à depressão/tempestade, outros sistemas depressionários a que não foi atribuído um nome podem ter associado precipitação, trovoada, queda de neve ou agitação marítima com impacto tal que dê origem a avisos meteorológicos no território nacional”.
De referir que tempestades com nome atribuído por países de outros grupos “deverão conservar a designação original no caso, pouco provável, de também afetarem o nosso país”.
Portugal está integrado no Grupo Sudoeste (SW Group) composto pelo IPMA, AEMET (Espanha), Météo-France (França), RMI (Bélgica) e ao qual aderiu este ano o Meteolux (Luxemburgo). A lista de nomes agora divulgada resulta do trabalho conjunto realizado entre estes países e em articulação com outros serviços meteorológicos da Europa e dos EUA.
De sublinhar ainda que a nomeação de tempestades teve início em 2017, ano em que os serviços meteorológicos nacionais que compõem a rede europeia EUMETNET passaram a nomear as depressões ou tempestades, com base nos valores previstos da intensidade do vento que justificassem a emissão de um aviso meteorológico a partir de nível laranja, lê-se na nota.