Município de Seia entregou 580 armadilhas para combater vespa asiática

O município, através do Serviço Municipal da Proteção Civil, garante que “tem desenvolvido esforços, em conjunto com os apicultores locais, para controlar os ninhos existentes”.

O município de Seia, no distrito da Guarda, entregou 580 armadilhas com atrativo para a vespa asiática a 46 apicultores, desde 2020, no âmbito da estratégica de combate a esta espécie invasora, foi hoje anunciado.

A autarquia de Seia, presidida por Carlos Filipe Camelo, refere em comunicado enviado à agência Lusa que no âmbito da estratégia delineada para o combate da vespa velutina no concelho, “tem disponibilizado armadilhas a apicultores, tendo em vista o controlo de ninhos existentes e evitando, por outro, a criação e o desenvolvimento de novos ninhos”.

O município, através do Serviço Municipal da Proteção Civil, garante que “tem desenvolvido esforços, em conjunto com os apicultores locais, para controlar os ninhos existentes”.

“Exemplo deste trabalho colaborativo são as armadilhas que desde 2020 têm sido entregues aos apicultores, com o objetivo de capturar vespas rainhas, as fundadoras de novas colónias”, acrescenta.

O município “entregou 580 armadilhas com atrativo, para um total de 46 apicultores”, lê-se na nota.

Segundo a fonte, no ano passado foram comunicados ao município de Seia a existência de 307 ninhos, dos quais 207 referentes a vespa europeia e 100 a vespa velutina.

“Isto é demonstrativo da confusão que é gerada na identificação da vespa velutina, muitas vezes confundida com a vespa crabro (vespa europeia), sendo que esta última apresenta uma coloração mais acastanhada tanto no tórax como nas patas. Outra das características é a cor da cabeça, que é amarelada, e as suas dimensões, pois podem superar as da vespa velutina”, esclarece.

As novas colónias (sendo que uma fundadora dá origem a uma colónia) surgem de fevereiro a maio e, entre junho e novembro regista-se a maior pressão das vespas sobre as abelhas, atividade que se associa ao crescimento dos ninhos/vespeiros.

“É no final do ciclo anual da colónia, nos meses de outubro e novembro, quando as árvores se encontram sem folhas, que os ninhos são mais visíveis”, lê-se.

A autarquia de Seia lembra, ainda, que a vespa velutina, “comummente designada por vespa asiática, representa efetivamente uma ameaça às explorações apícolas do concelho e da região, comprometendo a produção de mel e seus derivados”.

Quando um ninho de vespa asiática é identificado deve ser comunicado para a linha de apoio do Serviço Municipal de Proteção Civil de Seia (telefone número 238 313 035).

Este município da zona da Serra da Estrela, no distrito da Guarda, esclarece que após validação da ocorrência, a Proteção Civil “acionará os meios necessários com vista à destruição dos ninhos”.

“Em caso algum a população deve interferir com os ninhos”, avisa.


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