O Gabinete Técnico Florestal do Município de Fornos de Algodres procedeu, durante esta semana, à recolha de galhas de castanheiro, no âmbito dos trabalhos de monitorização do parasitoide Torymus sinensis em parceria com a REFCAST- Associação Portuguesa da Castanha, INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro refere uma nota da autarquia.
Segundo a mesma fonte, esta iniciativa “pretende verificar a eficácia da ação biológica, efetuada nos anos transatos, em que o Município de Fornos de Algodres procedeu à libertação de insetos “bons” (Torumus sinensis), no controlo da praga que afeta os castanheiros (Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu)”.
O Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu é um inseto conhecido com o nome vulgar de “vespa-da-galha-do-castanheiro” que ataca vegetais do género Castanea, induzindo a formação de galhas nos gomos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ramos e a frutificação, podendo diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha e conduzir ao declínio dos castanheiros.
O controlo da vespa-da-galha-do-castanheiro tem apenas um modo de luta autorizado, a luta biológica, que é realizada exclusivamente através da introdução de um inseto parasitoide específico, o Torymus sisnensis.
O parasitoide Torymus sinensis é um inseto que depende exclusivamente da vespa das galhas do castanheiro. No início da primavera, a fêmea introduz os ovos dentro das galhas recentes, nas câmaras onde se encontram as larvas da vespa. Os ovos de Torymus sinensis dão origem a larvas que irão alimentar-se das larvas de vespa das galhas, consequentemente matando a praga.