Uma fonte da Câmara da Castanheira de Pera, presidida por Alda Correia, disse à agência Lusa que “este projeto de itinerância e intercâmbio cultural poderá ter continuidade, através de uma candidatura a outros fundos europeus numa segunda fase”.
A iniciativa, que junta aquelas autarquias do interior – Castanheira de Pera, Sardoal e Celorico da Beira, nos distritos de Leiria, Santarém e Guarda, respetivamente -, “começou no primeiro dia do ano e vai prolongar-se por 18 meses”, terminando em 30 de junho de 2022, adiantou a fonte do gabinete de Alda Correia.
Em comunicado, a Câmara Municipal informa que a parceria, da qual faz também parte a Academia Internacional de Música Aquiles Delle Vigne, do Porto, visa “estimular os agentes e a economia local, bem como definir e implementar um plano integrado de atividades culturais multidisciplinares com um eixo central na música clássica e na perceção sensorial do mundo”.
Intitulada “Viver ao vivo, com tempo no Centro”, a candidatura foi aprovada pelo Programa Centro 2020, após ter sido formalizada em agosto pelo município do Sardoal.
A iniciativa, que avança agora no âmbito da Programação Cultural em Rede, é financiada a 100% por fundos comunitários.
“Este projeto articula-se em rede entre agentes culturais e municípios, cruzando a região Centro desde o rio Tejo (Sardoal), por perto de Espanha no alto da Serra da Estrela (Celorico da Beira), passando pelo curso do rio Zêzere e pela Serra da Lousã (Castanheira de Pera)”, refere esta autarquia do distrito de Leiria.
Na nota, a Câmara explica a importância da rede cultural, “para que numa viagem com tempo – sublinha – exploremos juntos a história e cultura portuguesa pelos cinco sentidos em todos os locais, adquirindo dimensão superior e escala na promoção e captação da relevância do património português no contexto nacional e internacional”.
“O programa subdivide-se em dez etapas (nove roteiros e uma ação de disseminação) com atividades que se entrelaçam para construir uma história variada e complexa, utilizando a riqueza do património local e assente numa lógica de economia social e circular que promove o tempo para e pela cultura, a partilha e o bem-estar, com imensas atividades”, acrescenta.
O projeto vai “entrecruzar públicos das diferentes rotas”, como a Estrada Nacional 2, a GR22, o Geopark UNESCO, a Rota do Sagrado, os Caminhos de Santiago e variados trilhos pedestres, abrangendo diversos públicos, das áreas da cultura, ambiente, desporto aventura e gastronomia, entre outras.