Turismo do Centro aposta nos Caminhos de Santiago

O Turismo Centro Portugal está a apostar no turismo espiritual e religioso e, no âmbito dessa estratégia, assinou hoje um protocolo de cooperação com oito municípios para a dinamização do caminho de Santiago Via Portugal Nascente.

“Dentro da nossa estratégia, e tendo em conta a diversidade turística do Centro de Portugal, acrescentámos em 2020 um novo vetor para a próxima década: o turismo espiritual e o turismo religioso. Os Caminhos de Santiago representam já uma fatia importante do número de peregrinos”, afirmou o presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.

Este responsável falava em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, onde se deslocou para assinar um protocolo de cooperação entre o Turismo Centro Portugal e os municípios de Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Celorico da Beira, Guarda e Trancoso, que tem como objetivo a certificação e a dinamização da Via Portugal Nascente, no troço que une Vila Velha de Ródão a Celorico da Beira.

Os Caminhos de Santiago são uma rota milenar seguida por milhões de peregrinos desde o início do século IX, altura em que foi descoberto o sepulcro do apóstolo Santiago em Santiago de Compostela, na Galiza (Norte de Espanha).

Desde essa altura, milhares de pessoas de todo o mundo percorrem os caminhos que conduzem à catedral para venerar as relíquias do santo.

Para realçar a sua importância turística para a região Centro e a sua evolução ao longo dos anos, Pedro Machado refere que, “em 2011, passaram pelo caminho mais de 183 mil pessoas, número esse que aumentou para as 347 mil em 2019”.

Já sobre a motivação que leva as pessoas a fazerem os Caminhos de Santiago, o responsável da Turismo Centro Portugal explicou que “40% têm motivação religiosa, 49% têm motivação religiosa e outra, e 11% não têm qualquer motivação religiosa”.

“O caminho é transversal às várias faixas etárias”, frisou.

Pedro Machado sublinhou ainda que o objetivo do Turismo Centro Portugal é criar também as condições para que este tenha dois sentidos: “Que se faça também um caminho descendente de Santiago de Compostela para o Centro de Portugal”.

O protocolo estabelecido e assinado em Vila Velha de Ródão prevê que o Turismo Centro Portugal seja a entidade gestora da Via Portugal Nascente e da sua certificação, nos 199,4 quilómetros que incluem as 10 etapas entre Vila Velha de Ródão e Trancoso.


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