“Face aos outros meses de junho, este foi o melhor de sempre. É o resultado de uma conjugação de fatores, que vão desde sermos um destino seguro e com menor carga populacional, até ao facto de termos uma oferta muito diversificada e que, ao mesmo tempo, está organizada como destino onde as pessoas sentem que podem usufruir de uma experiência plena e autónoma”, apontou Rui Simão, diretor executivo da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.
Este responsável especificou ainda que os dados relativos a este mês e as reservas para agosto também apresentam indicadores muito “positivos”, com uma boa parte dessa procura a partir de turistas que já eram clientes “Aldeias do Xisto”, o que comprova a capacidade de fidelização da rede.
Lembrando os novos desafios que se colocaram ao setor do turismo face à pandemia covid-19, Rui Simão salientou o facto de a rede ter organizado uma resposta que ajuda o turista a poder organizar de forma quase autónoma a sua experiência.
“Temos uma ‘receção Aldeias do Xisto’, ou seja, um balcão virtual que, assim que a reserva é feita, diz ao cliente onde pode ir naquela zona, quais os percursos que tem ao dispor, os trilhos que pode fazer, os locais mais atrativos, aqueles que são mais ou menos procurados e até as horas a que é mais recomendado a sua vista. Estamos também ligados à aplicação das ‘infopraia’ para que também possam consultar a informação sobre as nossas praias fluviais”, apontou Rui Simão.
Uma estratégia que é divulgada na plataforma de reservas “Book in Xisto” e que começou a ser implementada assim que o período de confinamento terminou.
Com o mote “Chegou o tempo das Aldeias do Xisto”, a iniciativa está associada à campanha do Turismo do Centro e conta com uma forte aposta nos meios digitais (página oficial das Aldeias do Xisto), nas redes sociais e motores de busca.
Simultaneamente, as entidades parcerias da rede (alojamentos, restaurantes e espaços comerciais) também reorganizaram os serviços e ofertas para receberem de forma segura e muito responsável os turistas.
Além dos selos “Clean and Safe”, houve espaços a criarem serviços de take-away e outros que apostaram nos pequenos-almoços entregues à porta do alojamento.
Em vez da reserva por quarto, e à exceção dos hotéis, a maioria dos alojamentos passou a trabalhar com a tipologia “casa inteira”, com os espaços privados que têm piscina e churrasqueira a ter grande procura.
O perfil das reservas também mudou, nomeadamente ao nível do período médio de estadia, que passou de duas a três noites para cinco a seis noites, com um aumento de rentabilidade associada.
“Temos uma política de responsabilidade social partilhada em que se apela a que os dois lados promovam comportamentos seguros porque, mesmo sem necessidade de contacto físico, continuamos a ser um destino que privilegia uma relação íntima com a natureza e com a comunidade local, numa lógica do acolhimento personalizado”, destacou.
Argumentos que, nesta altura, têm cativado essencialmente o mercado nacional, sendo que também já se regista alguma procura dos vizinhos espanhóis, como referiu.
Rui Simão adiantou ainda que o objetivo para o outono é “manter a dinâmica” e convidar as pessoas a manterem este destino para as suas “fugas”.
A Rede das Aldeias do Xisto é um projeto de desenvolvimento sustentável, de âmbito regional, liderado pela ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, que tem sede na Barroca, concelho do Fundão, e que integra 27 localidades da região Centro, além da parceria com 20 municípios e com mais de 100 operadores privados.