“Está o Ministério da Administração Interna disponível, através da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, para estudar a criação de um Centro Nacional de Educação Rodoviária a instalar no IPG com o objetivo, entre outros, de dinamizar a investigação sobre a realidade, os problemas rodoviários, formação e ensino da condução?”, refere Santinho Pacheco numa pergunta enviada ao Governo através da Assembleia da República.
O deputado eleito pelo círculo eleitoral da Guarda explica no documento que a proposta é justificada por aquela cidade ter um relacionamento muito próximo com Espanha e, particularmente, com Salamanca, onde existe uma estrutura do Ministério do Interior – o Instituto de Educación Vial.
Explica que naquele organismo espanhol “são preparados conteúdos, seja em suporte papel ou formatos digitais e multimédia, sobre prevenção e segurança rodoviária, destinados a distribuição, a nível nacional, a todas as escolas, de todos os níveis de ensino e de todas as idades”.
Naquele organismo de Espanha são ainda ministradas aulas específicas para formação de professores, agentes policiais, técnicos de viação, entre outros grupos socioprofissionais, que “tenham relação com a temática da Prevenção e da Segurança Rodoviária e das boas práticas de condução”.
Santinho Pacheco refere no documento que pelo conhecimento que tem do funcionamento daquele instituto espanhol, “trata-se de uma estrutura de excelência que poderia servir de modelo a uma entidade idêntica em Portugal”.
A Guarda, “com o seu Instituto Politécnico, está disponível para, em diálogo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, albergar um Centro Nacional de Educação Rodoviária com o objetivo idêntico ao que o Instituto de Salamanca tem para toda a Espanha”, adianta.
“Num tempo em que as mortes na estrada e os acidentes rodoviários têm vindo a aumentar, é preciso entender a educação rodoviária como parte da educação social, que contribui, no seu plano específico, para o desenvolvimento da cidadania, criando hábitos e atitudes positivas de convivência, qualidade de vida e de segurança rodoviária”, justifica Santinho Pacheco.