A horta integra o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental e tem-se afirmado como um espaço de tratamento, estímulo à interação, reinserção social e socialização do doente mental, refere o CHCB, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
“Motivo de orgulho e destaque na vida dos profissionais de saúde e dos doentes que frequentam esta área médica, a horta terapêutica cumpre todos os desígnios para os quais foi concebida: trata, reabilita e desempenha ainda uma ação preventiva”, especifica a informação.
Ali, o cultivo de árvores de fruta, legumes e verduras – como a abóbora, a alface, a beringela, a beterraba, a cebola ou o pimento e o rabanete e outros – fomenta um ambiente terapêutico de proximidade, mantém os doentes ocupados e ensina a superar dificuldades do dia-a-dia.
Fatores que, segundo o CHCB, ajudam “a elevar a autoestima, a aliviar a depressão, a melhorar as funções motoras, a concentração, a criatividade, a resistência e a destreza manual”.
Citado no comunicado, o enfermeiro chefe daquele serviço, José Ribeiro, considera que esta tem sido “uma aposta ganha”, garantindo que o objetivo é desenvolvê-la “ainda mais”.
“Durante as atividades na horta terapêutica, os doentes dialogam espontaneamente com os profissionais de saúde, sobre os problemas e angústias que os afetam. Esta dinâmica gera laços de confiança e segurança entre ambos, que se reflete ao nível da terapêutica, da reabilitação, do desenvolvimento de competências e da qualidade de vida dos doentes”, explica José Ribeiro.
Segundo refere, “mesmo os doentes com maior dificuldade de socialização demonstram interesse em participar nestas atividades e interagem com os profissionais que os apoiam, ensinam e motivam para as tarefas a realizar”.
Além disso, este projeto contribui ainda para ajudar doentes com dificuldades económicas, uma vez que os produtos colhidos são doados aos utentes carenciados da visita domiciliária e a doentes com dificuldades económicas, abrangidos pela área de apoio do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental.