Pelo segundo ano consecutivo, a natalidade está em tendência crescente em Portugal, conta o Jornal de Notícias esta terça-feira. No primeiro semestre de 2016, realizaram-se mais 2639 testes do pezinho do que no mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram feitos 42.758 exames nos primeiros seis meses de 2016. Entre 2011 e 2014, conhecidos por serem os anos da crise, registou-se uma tendência descendente na natalidade. Muitas famílias portuguesas terão atrasado o projeto de ter um filho devido à situação financeira que se fazia sentir no país.
“O adiamento de se ter um filho de certeza que existiu”, diz o sociólogo Albertino Gonçalves ao “JN”. “Seis anos de crise é muito tempo. Não é normal existirem crises tão prolongadas. Por isso, é natural que exista um grande desejo de otimismo”, acrescenta.
Viseu foi o distrito ao nível nacional com maior aumento de taxa de fecundidade – cerca de 20%. Em sentido oposto e no interior do país, nos distritos da Guarda e de Portalegre registaram-se os únicos dois casos de descida da taxa de natalidade, comparativamente a 2014.