Segundo o diretor do CineEco, Mário Jorge Branquinho, a edição deste ano será realizada de 08 a 15 de outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia, no distrito da Guarda, sob o signo “Nuclear Não Obrigado!”.
O festival inclui na seleção oficial filmes repartidos por várias secções competitivas como longas, médias e curtas-metragens internacionais, séries, documentários e reportagens de televisão, longas e curtas-metragens da lusofonia, panorama regional e sessões especiais.
Na competição internacional de longas-metragens estão filmes que refletem “as várias preocupações da crise ambiental no mundo, nos dias de hoje”, como “A Morte Diária”, de Daniel Lentini (Brasil), “Rio Corgo”, de Maya Kosa & Sérgio da Costa (Suíça/Portugal), “A Vida Em Chamas”, de Manuel H. Martín (Espanha), “Flores do Futuro: Dobra Voda”, de Valérie Valette (França), “O Normal É Mais Que Um Filme”, de Renee Scheltema (África do Sul), e “Sempre a Terra”, de Sarah Grohnert (Nova Zelândia).
Para a abertura do CineEco foi escolhido o filme “A Suplicação – Vozes para Chernobyl”, de Pol Cruchten (Luxemburgo). A película “Muros e o Tigre”, de Sushma Kallam (Índia), será exibida no encerramento.
A temática “Nuclear Não Obrigado!” ajudou “a fundamentar a seleção oficial” da programação do CineEco 2016 que mantém uma linha ” sempre muito diversificada, incluindo os melhores filmes do mundo, que proporcionam uma reflexão profunda sobre os grandes temas ambientais da atualidade”, explica o diretor do festival em nota enviada à agência Lusa.
Os temas com enfoque ambiental e de sustentabilidade farão parte da vasta programação deste ano do CineEco que conta ainda com as habituais sessões infantis e para os alunos das escolas.
Segundo a organização, “a evocação dos 30 anos da tragédia de Chernobyl e as recentes dúvidas levantadas sobre a segurança da velha central nuclear espanhola de Almaraz, localizada a uma centena de quilómetros da fronteira com Portugal, e que usa as águas do Tejo para o seu arrefecimento”, justificam a temática do evento.
O slogan dos ativistas das décadas de 1970 e 80 contra a energia nuclear “mantém-se atual, embora depois do desastre de Fukushima, em 2011, a opção por esta forma de produção de energia tenha sido abandonada por vários países”, é referido.
“A arte, e neste caso o cinema, pode ajudar à mudança de hábitos e comportamentos de pessoas, instituições e governos, para melhorar o ambiente na terra e acrescentar longevidade e qualidade de vida aos cidadãos. Por isso, para além de recuperarmos o alerta dos perigos da energia nuclear, nesta edição do CineEco procuramos trazer a Seia, coração da Serra da Estrela, muitos outros temas de ambiente e sustentabilidade, assim como convidados de vários pontos do mundo”, disse o diretor à Lusa.
O festival decorre de forma ininterrupta, desde 1995, por iniciativa da Câmara Municipal de Seia.
Toda a informação sobre o evento pode ser conhecida aqui.