António Costa defende aproveitamento de recursos turísticos na FIT 2016

O primeiro-ministro falava na Guarda, na inauguração da terceira edição da Feira Ibérica de Turismo (FIT), que decorre até domingo, por iniciativa da Câmara Municipal local.

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que o turismo é um setor que “importa expandir” para aproveitar os recursos endógenos existentes em todas as regiões do país, pelo que é essencial crescer ao nível da oferta.
“O turismo é um setor que importa expandir para aproveitar precisamente os recursos endógenos que existem em todas estas regiões do país. Temos todos grandes desafios pela frente para que o turismo seja uma atividade sustentável de norte a sul e do litoral ao interior”, afirmou António Costa.
O primeiro-ministro falava na Guarda, na inauguração da terceira edição da Feira Ibérica de Turismo (FIT), que decorre até domingo, por iniciativa da Câmara Municipal local.
No seu discurso, António Costa disse que “é essencial desconcentrar a procura turística, geográfica, e ao longo de todo o ano” e “crescer em valor na oferta, criando fatores de atratividade que levem os turistas a conhecer regiões que não são as tradicionais e a ficar mais tempo e a gastar mais”.
“É nisto que estamos a trabalhar. A criar as condições para promover a sustentabilidade desta atividade turística em todo o território nacional, para que crie de facto riqueza e emprego qualificado”, assumiu.
Costa adiantou que, para cumprir este objetivo, o Governo que lidera assumiu como prioridades “uma forte aposta na valorização do património e na cultura como fatores distintivos”, e está “também a dinamizar um programa de investimento no património público para a sua requalificação para uso turístico”.
António Costa lembrou que o turismo representa neste momento, em Portugal, “15,3% das exportações nacionais e 8,2% do emprego”.
“Os últimos indicadores disponíveis por parte do Instituto Nacional de Estatística apontam para crescimentos de 14% no número de hóspedes e de 20% dos proveitos hoteleiros e de 10% nas receitas turísticas”, apontou.
Disse ser essencial que o interior possa “beneficiar desta onda positiva da procura turística que Portugal vive”.
“Só assim é possível criar mais riqueza, criar oportunidades para os jovens e assegurar, de facto, a coesão territorial, atenuando as assimetrias regionais”, defendeu, lembrando que com esse objetivo o Governo criou a Unidade de Missão para a Valorização do Interior.
Reconheceu ainda que o território localizado junto da fronteira com Espanha, que durante muitos anos foi visto como “as traseiras do litoral”, é uma região “com grande oportunidade”.


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