Livro dedicado a Nuno Montemor apresentado no Sabugal e na Guarda

A obra será apresentada esta tarde, pelas 18 horas, no Auditório Municipal do Sabugal e na próxima quinta-feira, dia 7 de janeiro, pelas 18 horas, a mesma obra será apresentada na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda.

A Câmara Municipal do Sabugal e da Guarda editaram em conjunto o livro, Nuno de Montemor: alma brava, meiga, de José Manuel Gonçalves Monteiro.

Esta edição resultou do Ciclo Nuno de Montemor, que durante o ano de 2014 – cinquentenário do seu falecimento – teve um conjunto de atividades organizadas pelos Municípios do Sabugal e Guarda.

De Nuno de Montemor escreve Eduardo Sucena: “figura típica, solitária, de introspetivo, pisando a terra mas vivendo no mundo irreal da fantasia, ficou-me, acima de tudo, a iluminar-me o espírito, a luz suave, feita de fé e de esperança, que a obra do Escritor irradia.”

Nuno de Montemor é o pseudónimo de Joaquim Augusto Álvares de Almeida, que nasceu em Quadrazais, Sabugal.

Após ter sido ordenado sacerdote, foi nomeado capelão e secretário do Distrito de Recrutamento e Reserva do Exército, nesta cidade. Na qualidade de assistente religioso acompanha os militares ao teatro de guerra em França, por ocasião da Primeira Grande Guerra. Neste país trava conhecimento com intelectuais, como Augusto Casimiro, de quem ficará amigo.

Foi um sacerdote muito ligado a esta cidade, por laços familiares mas também por obras de Assistência Social, sendo o Lactário Dr. Proença a mais conhecida, fundada, com a colaboração de vários beneméritos, para benefício das crianças lactentes pobres.

Autor de obra muito vasta, foi poeta, contista, romancista e dramaturgo e obteve significativo sucesso editorial, chegando mesmo a ser o autor com maior procura no mercado do livro. Este êxito levaria à publicação de algumas obras no estrangeiro.

Nuno de Montemor fez dos seus livros um apostolado, defensores da Fé Católica e da sua Moral. A intenção era a defesa da corrente tradicionalista católica, estabelecendo laços entre a Literatura e o Cristianismo.

A sua obra foi estudada fora de Portugal e traduzida para espanhol, francês, italiano e holandês. Vasco Moreira escreveu um ensaio sobre o autor, A Virgem, editado em 1932.


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