“Haverá a abertura, já no dia 04 de janeiro, a uma nova armazenagem privada, isto é, os agricultores podem receber uma ajuda para ‘stockarem’ [armazenarem] durante um determinado período a carne em excesso para que venha a ser relançada no mercado numa situação mais favorável”, disse Luís Capoulas Santos aos jornalistas, após uma reunião com o comissário europeu para a Agricultura, Phil Hogan.
O ministro disse também que os principais países para onde Portugal exporta carne de porco – Angola e Venezuela – “estão com uma crise de pagamentos”, sendo preciso procurar novos mercados.
No encontro, o ministro pediu ao comissário para se preparar um programa de ajuda transitório aos setores da suinicultura e do leite com as verbas dos excedentes orçamentais.
“Tive oportunidade de solicitar ao comissário a necessidade de se equacionar um novo programa de apoio aos agricultores, porque tenho informação de que houve um excedente orçamental da União Europeia da ordem dos 1700 milhões de euros”, salientou.
Capoulas Santos considerou “insuficiente” a verba atribuída de 4,8 milhões de euros, em setembro, a Portugal de um pacote global de 500 milhões.
Em ambos os setores, os preços pagos ao produtor estão abaixo dos de custo de produção, devido a uma crise que se arrasta há vários meses.
“Estou aqui para resolver problemas, encontrei problemas – não os criei – e o meu papel, o que se exige de mim, é que os resolva”, concluiu.
A Comissão Europeia anunciou em setembro um pacote de medidas no valor de 500 milhões de euros para ajudar os agricultores, do qual Portugal recebeu 4,8 milhões.