O presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), José Gameiro, considerou hoje urgente rever o assunto das portagens na autoestrada da Beira Interior (A23) e “abolir os pórticos”, possibilitando assim uma “importante ajuda” à economia regional.
“Não faz sentido penalizar as empresas desta região, com custos elevadíssimos de contexto, entre os quais o transporte de materiais, matérias-primas e colaboradores”, afirma, numa nota enviada à agência Lusa, o presidente da direção da AEBB, José Gameiro.
A autoestrada A23 atravessa os distritos da Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre e permite a ligação entre Torres Novas e a Guarda.
José Gameiro defende que a necessidade acrescida de levar para a Beira Baixa pessoas oriundas de outras regiões – e “sendo a autoestrada (A23) de capital importância para a fácil mobilização, quer de serviços produtos, de pessoas e serviços -, faz com que o assunto das portagens seja demasiadamente urgente”.
“Urge, portanto, rever o assunto e abolir os pórticos, possibilitando, por esta via, uma importante ajuda à economia regional”, sustentou.
José Gameiro realça ainda a movimentação diária entre as principais cidades da região que formam “um importante eixo de desenvolvimento ao longo da A23”, fruto das dinâmicas empresariais existentes.
“Esta movimentação diária, em face das despesas exorbitantes de portagens, tem levado ao aumento de acidentes nas estradas circundantes, algumas municipais, que acabam por se revelar incapazes de garantir a mobilidade necessária, com a devida segurança, para os cidadãos”, adiantou.
O presidente da AEBB mostra-se convicto de que os municípios da região “serão capazes de assumir uma posição concertada nesta matéria (portagens), dando assim provas de construção de uma nova Beira Baixa que urge repensar”.
Entretanto, a AEBB tem em curso um inquérito junto do tecido empresarial da região que visa apurar o impacto das portagens na A23 na sua atividade.
Esta iniciativa, cujos resultados serão divulgados brevemente, tem como objetivo sensibilizar as entidades competentes face a uma reivindicação antiga dos empresários da região sobre o impacto económico e social provocado pela introdução de portagens na autoestrada da Beira Interior, na Beira Baixa.
José Gameiro explica ainda que no final do inquérito irá ser preparado um documento com base “num conjunto de dados concretos, preocupações e perspetivas dos empresários, face ao impacto dos valores praticados (nas portagens)”.