Banco de Roupa Solidário nasce em Castelo Branco

Três cidadãs estão a criar um banco de roupa solidário em Castelo Branco com o objetivo de fornecer vestuário, gratuitamente, a instituições de solidariedade social da cidade.

“O objetivo passa por distribuirmos as roupas usadas pelas instituições de solidariedade de Castelo Branco, com as quais vamos estabelecer brevemente protocolos de colaboração”, explicou hoje Ana Belo à agência Lusa.

Para se perceber a origem do RAS é preciso recuar 10 anos, altura em que as três mentoras do projeto decidiram avançar com a realização de um desfile anual de moda onde o vestuário utilizado é todo reciclado.

“Havia muitos excedentes e as pessoas começaram a enviar-nos grandes quantidades de roupa usada. A partir daqui, pensámos que o melhor seria aproveitar essa roupa em benefício das pessoas mais necessitadas”, referiu Teresa Brás.

Todo o vestuário que chega ao RAS, que está a funcionar na antiga escola primária do Cansado, instalações que foram cedidas pela Câmara de Castelo Branco, é selecionado, lavado e engomado.

O projeto assenta no lema “Roupa boa, a gente doa”. Ana Belo referiu que toda a roupa que não está em condições de ser doada vai para reciclagem.

“Há uma empresa de reciclagem da Guarda que recolhe essa roupa e o valor monetário que o RAS recebe reverte para a associação Educar, Reabilitar e Incluir Diferenças (Erid)”, disse.

Teresa Brás adiantou ainda que a recetividade do projeto junto das instituições de solidariedade social de Castelo Branco “foi muito boa”.

“Em breve, vamos assinar um conjunto de protocolos com essas instituições. Todo o vestuário que recebemos não vai ser entregue ao acaso. As instituições entram em contacto com o RAS a solicitar a roupa que precisam e vêm recolhê-la para posterior distribuição”, referiu.

Esta responsável sublinhou que no horizonte estão também os países africanos de língua oficial portuguesa, para onde o RAS pretende também doar vestuário usado.


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