“O festival reúne anualmente as mais recentes produções nacionais e internacionais sobre questões ambientais de modo a provocar debates e contribuir para ampliar o conhecimento e a consciência sobre as mudanças comportamentais necessárias, de governos, empresas e indivíduos, pela preservação da vida no planeta”, disse à agência Lusa o diretor do CineEco, Mário Jorge Branquinho.
A edição 2015 do festival vai decorrer de 10 a 17 de outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia.
Contabilizando habitualmente perto de 10 mil espetadores em cada edição, incluindo as extensões que realiza ao longo do ano por várias cidades do país, o evento “procura igualmente cativar novos públicos através do cinema para temáticas ambientais da atualidade”, refere o diretor.
Os filmes selecionados para a edição deste ano estão repartidos por várias seções competitivas, onde se inclui longas e curtas-metragens internacionais, séries e documentários de televisão, longas e curtas-metragens da lusofonia e do panorama regional.
“Todos [os filmes] manifestam a preocupação e o reconhecimento da responsabilidade da mão humana no aquecimento global e [a] necessidade de mudarmos o nosso estilo de vida, para salvar o planeta”, sublinha a organização em comunicado.
Nas longas-metragens da competição internacional destacam-se filmes como “Todo o Tempo do Mundo” (Suzanne Crocker, Canadá), “Ao Contrário” (Anne Closset, Bélgica), “Gelo Negro” (Maarten van Rouveroy van Nieuwaal, Holanda/Rússia), “Planetário” (Guy Reid, Reino Unido/EUA) e “MaldiMare” (Matteo Bastianelli, Itália).
O filme de abertura do CineEco é “A Hora do Lobo”, do realizador francês Jean-Jacques Annaud, e a película “Muros e o Tigre’, da realizadora Sushma Kallam (Índia), será exibida no encerramento.
A edição deste ano do festival é inspirada na encíclica papal sobre as alterações climáticas e ambiente.
“A encíclica do papa Francisco é, para nós, o acontecimento do ano em matéria ambiental, por isso a edição deste ano do festival decorre à luz do texto ‘Sobre o Cuidado da Casa Comum'”, justifica o diretor.
Mário Jorge Branquinho destaca ainda o facto de “a encíclica ser um documento extraordinário, que tem sido saudado por líderes religiosos, ambientalistas, investigadores, dirigentes de organizações internacionais”.
Nas declarações à Lusa, o responsável destacou “o esforço do município de Seia para manter no calendário cultural da cidade o CineEco, enquanto instrumento de afirmação cultural” daquele território da Serra da Estrela.
O CineEco é um festival dedicado à temática ambiental e decorre anualmente em outubro, de forma ininterrupta, desde 1995, por iniciativa da Câmara Municipal de Seia.