“Por exemplo nas tipologias do turismo em espaço rural, as aldeias do xisto representam cerca de um terço de todo o alojamento licenciado nestas categorias, entre Douro e Tejo, já é um parceiro muito relevante na estratégia de afirmação turística da região centro, mas estamos convencidos que ainda há algum espaço de crescimento desde logo naquilo que podemos chamar de turismo mais cultural ou criativo”. É um dos desafios que se segundo Rui Simão, se coloca à Rede das Aldeias do Xisto no novo quadro comunitário de apoio.
No último, entre 2008 e 2014, foram investidos na rede de aldeias do xisto mais de 32 milhões de euros, em verbas do Programa Operacional do Centro e no âmbito do Proder, através dos Grupos de Ação Local que se encontram no território. Um investimento maioritariamente privado, que corresponde a 70% das verbas. O que representa uma inversão na natureza do investimento, quando comparada com o anterior quadro comunitário, em que 80% foi investimento público “isto denota que as expectativas iniciais dos fundadores se concretizaram, uma vez que o objectivo era transformar um projecto de natureza pública numa visão de desenvolvimento territorial que pudesse mobilizar os agentes privados”.
Consolidada a Rede das Aldeias do Xisto e afirmada a marca, o futuro passa pela valorização do produto como foi definido pelo conjunto de parceiros na elaboração do plano estratégico para 2020 “mais do que aumentar as taxas de ocupação trata-se de aumentar o valor daquilo que temos para oferecer, há uma maturidade dos parceiros que leva a uma percepção clara de que não se trata tanto de quanto custa mas de quanto vale”.
Rui Simão, coordenador da ADXTUR a agência para o desenvolvimento da rede das aldeias do xisto constituída actualmente por 208 parceiros, 20 municípios e 188 privados, que elegeram Paulo Fernandes, presidente da câmara do Fundão, para continuar à frente da direcção da ADXTUR nos próximos três anos.