A maior parte do tempo canta-se, mas em outra boa parte do documentário come-se. “Alentejo, Alentejo” não mostra só gente a cantar. A comida foi outra maneira que o realizador encontrou para mostrar a identidade da região.
Dezenas de grupos amadores reúnem-se regularmente para ensaiar antigos cantos polifónicos e para improvisar modas sobre o tempo presente. Isto é o cante. Nascido nas tabernas e nos campos, o cante transmitiu-se ao longo de várias gerações. Nas últimas décadas com a diáspora alentejana, novos grupos surgiram na periferia de Lisboa e em diversos países de emigração. Muitos deles formados por adolescentes e crianças, provando que o cante está vivo e é o traço identitário de toda uma população. O documentário é uma viagem a um modo de expressão musical único e à paixão dos seus intérpretes. Excertos de “Alentejo, Alentejo” foram usados no vídeo de candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade, reconhecimento concedido pela UNESCO, no final de 2014.
Documentário “Alentejo, Alentejo” de Sérgio Tréfaut no TMG
O documentário dedicado ao Alentejo será exibido hoje, dia 24 de março, pelas 21h30, no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG).
