“É uma iniciativa da Direção Regional de Cultura louvável e que achamos muito importante”, disse o secretário de Estado da Cultura à agência Lusa, na Guarda, à margem da sessão solene comemorativa dos 815 anos da cidade.
A diretora regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, desafiou, na semana passada, a Câmara Municipal de Coimbra “a pensar nos Caminhos da Rainha Santa Isabel” nos moldes em que estão feitos os Caminhos de Santiago.
Celeste Amaro recordou que a rainha Isabel de Aragão “era de Saragoça e tinha uma ligação a Santiago”, sendo importante utilizar os estudos já feitos sobre “os sítios por onde esta passou” para se criar uma rota.
“Avançando Coimbra, Saragoça não irá dizer que não”, sublinhou, referindo que a Turismo do Centro também terá um “papel fundamental” na criação destes caminhos.
“Esperemos que possa correr muito bem, porque, de facto, a Rainha Santa é um ícone da História do centro do país, mas também do país, e a abrangência do tema pode servir para criar um conjunto de roteiros culturais e turísticos para a região”, afirmou à Lusa o secretário de Estado da Cultura.
Questionado sobre o facto de os municípios de Trancoso, e de Leiria, se terem mostrado recetivos a colaborar no projeto, Jorge Barreto Xavier disse que é positivo, por considerar que “o trabalho em rede é fundamental”.
Descendente da Casa Real de Aragão, à rainha Santa Isabel são atribuídas muitas práticas caritativas “acompanhadas de prodigiosos milagres, que viriam a ter como expressão máxima a lenda da transformação do pão em rosas”, refere a Confraria da Rainha Santa Isabel na sua página na internet.
Segundo a fonte, a rainha, que casou com Dom Dinis, em Trancoso, em junho de 1282, morreu aos 66 anos, no dia 4 de julho de 1336, em Estremoz, e foi sepultada em Coimbra, no dia 11 de julho.
