Câmara da Guarda defende criação de museu que "conte a História" da cidade

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, defendeu a ideia da criação de um museu que “conte a História” da cidade, que comemorou 815 anos de existência.

Na sessão solene comemorativa do Dia da Cidade, presidida pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, o autarca lançou o desafio da criação do futuro “Museu da Cidade”, no antigo edifício do Paço Episcopal, onde está atualmente instalado o Museu da Guarda e funciona o Paço da Cultura.

Segundo Álvaro Amaro, a ideia é requalificar todo o edifício, após a transferência do atual museu para a tutela da autarquia, e ali instalar um museu dedicado à História da cidade mais alta do país.

“Um museu que nos conte a História da cidade, não um museu fechado, não um museu, enfim, mais ou menos, apenas e só, de exposição, mas que nos transporte na era moderna para aquilo que é o orgulho dos 815 anos de História”, explicou.

Disse que o espaço servirá para valorizar “os 815 anos do orgulho das gentes da Guarda, que tantos mundos deram ao mundo”.

No entender de Álvaro Amaro, o futuro Museu da Cidade “não pode ser apenas o Museu do Estado Português [que existe atualmente]”.

“Neste processo de transferências [de competências para as autarquias]: diga-me quanto é que o Estado Português gasta com o Museu da Guarda, transfira-o para a competência do município da Guarda e eu faço-lhe desconto”, disse, dirigindo-se a Jorge Barreto Xavier.

O autarca indicou que no processo de criação do futuro espaço museológico da Guarda envolverá todas as entidades que estão ligadas ao antigo Paço Episcopal e que o projeto deverá ser candidatado ao novo ciclo de fundos comunitários.

O secretário de Estado da Cultura respondeu ao desafio de Álvaro Amaro, dizendo que pode contar com o seu empenho “para transformar o quarteirão onde se situa o Museu da Guarda num quarteirão dedicado à cultura e às artes” e para passar o atual museu para a tutela da autarquia.

Reconheceu tratar-se de uma ideia que lhe parece “valiosa para o modelo de desenvolvimento da cidade” e para a melhoria do seu poder de atração e competitividade territorial.

Na sessão solene comemorativa da atribuição, a 27 de novembro de 1199, pelo rei Dom Sancho I, da Carta de Foral, à Guarda, a câmara distinguiu onze personalidades, instituições e empresas, “merecedoras de enaltecimento e especial reconhecimento”, devido ao seu contributo “para a Guarda e seu concelho”.

Entre os homenageados está o general Artur Pina Monteiro, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que foi agraciado com a Medalha de Ouro da Cidade.

Nesse dia, a autarquia também inaugurou o arrelvamento sintético do Campo de Jogos do Zambito, localizado junto do recinto do Instituto Politécnico da Guarda, que custou 347 mil euros mais IVA.


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