Este ano o projeto – feito de teatro, dança e música jazz – dá especial destaque aos 40 anos do 25 de abril porque só assim é possível fazer «um festival que tem na sua configuração a liberdade de opiniões, de estéticas e de criadores», considera o diretor artístico Rui Sena.
Depois da abertura com as palestras performativas em “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas”, pelo Teatro de Vestido, o encenador Tiago Rodrigues leva ao palco do auditório do Teatro das Beiras a peça “Três dedos abaixo do joelho” que resulta da investigação do autor no Arquivo Nacional da Torre do Tombo sobre textos da censura. Para Tiago Rodrigues esta é «uma herança que nos pode ajudar a redescobrir o perigo e a importância do teatro na sociedade». Este ano o preço dos bilhetes para os espectáculo fica ao critério do espetador, que «irá avaliar e fazer um donativo», como refere Rui Sena, para «averiguar quais as possibilidades do público e, nas próximas edições, o valor dos bilhetes possa ser adaptado», explica. Após o festival, a Quarta Parede organiza, de 27 a 30 de novembro, a residência artística “O mundo visto da lua”. Através do encontro de 15 profissionais das artes criativas, a Quarta Parede pretende fazer nascer um projeto cultural inovador.