Altran cresceu 18% e contratou 200 engenheiros em 2013

Depois de dois anos de estagnação, as receitas da Altran Portugal deram um salto de 18%, em 2013, para 20,7 milhões de euros. A Subsidiária portuguesa da tecnológica francesa investiu forte no centro de “nearshore” no Fundão.

A subsidiária da cotada francesa, especialista em consultoria de inovação e tecnologia, também aumentou significativamente o número de colaboradores, quase todos engenheiros: passou de 500, no final de 2013, para 700 no primeiro semestre deste ano.

Segundo explica a diretora geral da Altran Portugal, Célia Reis, em entrevista ao Dinheiro Vivo, o crescimento deveu-se sobretudo à aposta em serviços “nearshore” – isto é, serviços que a subsidiária fornece para projetos da empresa noutros países da Europa.

A Altran tem um centro de “nearshore” no Fundão, para o qual assinou um protocolo com o governo português com vista à criação de 120 postos de trabalho, até 2015. À data de hoje, estão já criados 100 empregos na região, “a esmagadora maioria pessoas com um curso superior.” Até ao final do ano, deverão entrar pelo menos mais 40 engenheiros para os quadros da empresa, vindos das Academias Altran em Lisboa e no Fundão.

A diretora geral prevê um crescimento pelo menos em linha com o de 2013 e adianta que, fechadas as contas do primeiro semestre deste ano, a faturação já está 14% acima em relação ao homólogo – sem incluir as receitas de “nearshore”. No mercado doméstico, o investimento da Altran está centrado, sobretudo, em telecomunicações, energia e saúde, embora a empresa também tenha conseguido crescer “no mercado da administração pública, que durante os últimos anos apostou mais no custo-qualidade.”

Célia Reis acrescenta que as alterações no panorama das telecomunicações beneficiaram a empresa. “O mercado português é percecionado na Europa como sendo de vanguarda nas telecomunicações”, indica, o que tem sido usado pela casa-mãe como valor acrescentado para ganhar projetos. A Altran assinou, aliás, um acordo com a Portugal Telecom, para incluir serviços de alojamento na “cloud” da empresa portuguesa nos projetos de “nearshore”.


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