Covilhã na vanguarda dos têxteis

Fibras que reagem à temperatura, lã tratada para ficar com toque de seda, tecidos anti-fogo e resistentes a perfurações são algumas das inovações saídas de fábricas da Covilhã.

A Covilhã foi outrora conhecida como a Manchester portuguesa, fruto do peso da indústria dos lanifícios. Hoje, há empresas do sector que se afirmam pela inovação e exportam o conhecimento aqui desenvolvido para o mundo. São os casos da Fitecom e da Penteadora, cuja aposta nos têxteis técnicos se tem revelado promissora.

A Fitecom, com sede no Parque Industrial do Tortosendo, nasceu quando a indústria dos lanifícios já era uma evidência. “Para ter vingado, é porque teve de se diferenciar”, sublinha o administrador, João Carvalho. A estratégia passou por apresentar produtos diferentes dos que já existiam no mercado. A mesma lógica que hoje define as linhas orientadoras da empresa, actualmente com 200 trabalhadores, 20 por cento com curso superior e com sete pessoas dedicadas exclusivamente à investigação.

Há muitos anos que a Fitecom tem tecidos anti-odor, repelentes de água, de óleo, resistentes à lavagem e até tecidos que reagem à temperatura, tornando-se 30 por cento mais frescos no Verão e 30 por cento mais quentes no Inverno, graças ao recurso a fibras ocas, formando uma espécie de caixa-de-ar que torna o tecido respirável.

A qualidade traduz-se nos clientes que recorrem à empresa. Cerca de 95 por cento da produção é exportada. Os fatos do Benfica, tal como os da selecção nacional de futebol, são feitos com tecidos criados pela Fitecom. Assim como as fardas da TAP, da ANA ou da Qatar Airways.


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