Volta a Portugal vale perto dos 85 milhões de euros

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Prova decorre entre hoje e 10 de agosto com orçamento a rondar quatro milhões como nos últimos anos.

Mesmo aos 87 anos de existência, há sempre tempo de estreias. Tratando-se da 76ª edição da Volta a Portugal, não faltarão desafios aos ciclistas que, entre hoje e o próximo dia 10 de agosto, vão percorrer mais de 1.600 km entre Fafe e Lisboa para discutir o triunfo. Com “perto de 85 milhões de euros de retorno”, segundo o diretor Joaquim Gomes, a prova mantém o orçamento de quatro milhões, distribui um total de 130 mil euros de prémios, 16.045 dos quais para o lugar mais elevado do pódio.

“Diferenças? Há algumas estreias como o contra-relógio de Oleiros no penúltimo dia, a etapa de Boticas até à Senhora da Graça ou Montalegre, neste caso a proporcionar a passagem por um local mítico – a serra do Larouco que, com 1.527 metros e um acesso pavimentado há poucas semanas, vai colocar à disposição de todos uma das mais belas etapas deste ano, ou seja, muito mais do que uma corrida de bicicletas”.

Convicto de que o número de “três milhões de espectadores nas partidas e chegadas vai ser ultrapassado”, Gomes explica a estratégia adotada para a presença das 12 equipas estrangeiras deste ano: “A Volta é entendida como uma espécie de agente regulador do profissionalismo em Portugal. As equipas dependem de patrocínios e, como qualquer outra, a modalidade sofre com as flutuações da economia. Seria contraproducente convidar equipas estrangeiras cujo nível estivesse muito acima do que apresentam as portuguesas”.

Sublinhando os “quatro dias iniciais muito complicados da prova”, o diretor aponta alguns nomes que lhe criam expectativas quanto à possibilidade de vitória. “Luís León Sánchez é um atleta a ter em conta”, indica. “Entre portugueses falo sempre do Rui Sousa, um catedrático do pelotão, mas também de Hugo Sabido e Hernâni Brôco, além de muitos jovens com alta qualidade”.

Sobre a influência que Rui Costa pode exercer na chegada de novos valores à Volta portuguesa, o antigo ciclista não hesita: “Os grandes eventos vivem de referências essenciais às modalidades e o ciclismo tem apresentado alguns dos grandes heróis do desporto nacional. Como eu gostava de correr ao lado do Marco Chagas, o Rui também foi atraído para o fazer ao lado dos melhores, saindo da escola de Santa Maria da Feira, onde o meu amigo Manuel Correia tem feito um trabalho notável. É natural que os jovens se revejam nele como exemplo de sacrifício e talento”.


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