Vendedores e compradores criticam recinto das feiras na Guarda

Durante a feira anual de São Francisco, realizada na Guarda, compradores e vendedores teceram críticas ao mau estado em que se encontra o recinto, localizado na Quinta do Ferrinho. Quem compra e quem vende espera que o próximo executivo da Câmara, liderado pelo social-democrata Álvaro Amaro, dê atenção ao local e faça obras. Há mesmo […]

Durante a feira anual de São Francisco, realizada na Guarda, compradores e vendedores teceram críticas ao mau estado em que se encontra o recinto, localizado na Quinta do Ferrinho.
Quem compra e quem vende espera que o próximo executivo da Câmara, liderado pelo social-democrata Álvaro Amaro, dê atenção ao local e faça obras. Há mesmo quem sugira que as feiras e os mercados quinzenais mudem de sítio. “Já vendo aqui há 30 anos, mas verifico que é uma feira que está sem eira nem beira e a qualquer momento posso ficar sem o lugar. As condições são péssimas, a feira devia ser bem organizada porque o que aqui está não é nada”, disse ao Jornal A Guarda o vendedor ambulante Moisés Dias, de Viseu. O comerciante espera que o novo presidente da Câmara “se interesse mais pelo mercado do que o anterior, porque uma cidade destas devia ter um recinto condigno”. O vendedor, que comercializa roupa interior para adultos e crianças, referiu que os mercados na Guarda são “importantes” mas devido à localização e às poucas condições do recinto “muitas vezes, no Inverno, chego aqui e vou-me embora, porque está vento, chove, ou faz muito frio”. A feira ao ar livre “está muito mal posicionada. Se houver intempéries ninguém aqui consegue trabalhar”. Quanto ao negócio, Moisés Dias, disse que está mau “por causa da crise” e das condições do recinto “que também não ajudam”. “Antigamente tínhamos feiras de ano em que estávamos sempre a vender, agora não. Agora, as feiras de ano são mercados normais”, contou. A vendedora Maria Cândida, de Valdeiras, Guarda, disse ao Jornal A Guarda que é comerciante há 25 anos e nota que as condições “são as piores que pode haver”. “Eu já disse ao novo presidente da Câmara que olhasse para isto, porque ninguém tem olhado. É só regos no chão, as pessoas mais velhas caiem, é uma vergonha. É o pior mercado do distrito da Guarda, porque não tem condições. A pior aldeia da zona tem melhores condições do que aqui numa cidade que é capital de distrito”, denunciou a mulher, apontando também que apenas existem umas casas de banho “lá para longe”. A comerciante propõe que a Câmara mude o mercado para o Bairro das Lameirinhas “em redor do campo da bola”. “Fechavam a rua e era melhor para todos. Já viu o que é as pessoas das aldeias virem a pé desde a Central de Camionagem para aqui? Ninguém vem, é impensável”. A comerciante, que vende ferramentas agrícolas e utensílios domésticos, também disse que o negócio está fraco e mesmo os utensílios para o campo “não se vendem, porque a lavoura está de rastos”. Alguns compradores abordados pelo Jornal A Guarda referiram que costumam fazer compras nas feiras e nos mercados ao ar livre porque os preços “são mais em conta do que nas lojas”, mas mostraram-se descontentes com as condições do espaço. António Monteirinho referiu que “o sítio está bem”, mas “o espaço é que podia ser melhor” e podia ter outras condições de conforto. “A gente sempre aqui compra alguma coisa mais barata. Eu comprei uma camisola para o Inverno. Gosto de aqui comprar, mas isto não tem condições apropriadas. O novo presidente da Câmara devia olhar para este recinto”, declarou José Rodrigues. Já Maria Teixeira, também descontente com a localização da feira, sugeriu que a Câmara a mudasse “para o local do antigo edifício das Piscinas, nas Lamerinhas, que está ao abandono, ou então para junto do Cemitério Velho”.

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