Vale Glaciar do Zêzere e Vale do Douro são finalistas

Maravilhas naturais estão a votação até Setembro O Vale Glaciar do Zêzere, no concelho de Manteigas, e o Vale do Douro são dois dos finalistas no concurso das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, cuja votação decorre até 7 de Setembro. Nesta fase final, a eleição depende dos votos do público, através da internet, sms ou […]

Maravilhas naturais estão a votação até Setembro

O Vale Glaciar do Zêzere, no concelho de Manteigas, e o Vale do Douro são dois dos finalistas no concurso das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, cuja votação decorre até 7 de Setembro. Nesta fase final, a eleição depende dos votos do público, através da internet, sms ou telefone.

Entre os 21 finalistas para a eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal está o Vale Glaciar do Zêzere, em Manteigas, na categoria “Grandes Relevos”, competindo com a Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (Açores) e com o Parque Natural da Arrábida. Por sua vez, o Vale do Douro integra a categoria “Zonas Aquáticas não Marinhas”, juntamente com a Lagoa das Sete Cidades e a Porta de Ródão.

O Vale do Douro insere-se nas “Zonas Aquáticas não Marinhas”

A Câmara Municipal de Manteigas salienta que o Vale Glaciar do Zêzere, integrado no Parque Natural da Serra da Estrela e na Rede Natura 2000, “é uma maravilha da natureza, que mostra bem os vestígios da glaciação há milhares de anos. “Em forma de U, o maior Vale Glaciar da Europa desfruta de belezas geológicas inigualáveis como as austeras rochas graníticas dos Cântaros Magro, Gordo e Raso (1928m) e de reservas biogenéticas de elevado valor natural e paisagístico”, destaca a autarquia.

O Vale Glaciar do Zêzere concorre na categoria “Grandes Relevos”

Pelo menos um finalista de cada região

As três belezas naturais finalistas em cada uma das sete categorias a concurso foram divulgadas no último domingo, dia 7, após a escolha feita por um “painel de notáveis”, representantes de várias áreas científicas e figuras públicas de elevado relevo.

Esta lista de 21 maravilhas tem, no mínimo, um finalista de cada uma das sete regiões do País – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira. Desta forma, a New 7 Wonders Portugal assegura a representatividade geográfica.

Segundo a entidade organizadora, os critérios de base para a escolha foram a beleza e unicidade do sítio nomeado, diversidade dos nomeados (segundo as sete categorias), importância ecológica (per si ou o seu significado para os seres humanos), significado histórico e cultural, distribuição geográfica dentro do País, estado de conservação do local e que não tenham sofrido intervenções humanas por razões estéticas.

Portugueses contribuem para a preservação do património natural

“Este é um momento determinante da iniciativa, em que os portugueses conhecem as 21 belezas naturais mais emblemáticas de Portugal após todas as fases do processo. A eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal é uma eleição dos portugueses para o País que amam. São os portugueses que votam e que vão contribuir para preservar o nosso património natural”, explica Luís Segadães, presidente da New 7 Wonders Portugal.

António Vitorino, Comissário Nacional para as Maravilhas Naturais de Portugal, considera que “nenhum povo se conhece a si próprio se não conhecer a paisagem do território em que lhe foi dado nascer e viver”. “Assim como nenhum povo assume a sua identidade colectiva se não tiver consciência da harmonia do ambiente em que vive e das suas responsabilidades na sua preservação e valorização”, salienta.

Espaços raros

São consideradas “Maravilhas Naturais de Portugal” os monumentos naturais em território nacional que contenham um ou mais aspectos de raridade ou representatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais. Os finalistas são organizados em sete categorias, que representam a diversidade paisagística de Portugal: “Grutas e Cavernas”, “Praias e Falésias”, “Florestas e Matas”, “Grandes Relevos”, “Zonas Aquáticas não Marinhas”, “Zonas Protegidas” e “Zonas Marinhas”.

Recorde-se que no início de Janeiro de 2010 foram apresentadas 323 candidaturas, as quais foram sujeitas a votação por um painel de especialistas, que elegeu as 77 pré-finalistas. A esta fase chegaram, entre outros locais, o Vale Glaciar do Zêzere, na categoria de “Grandes Relevos”, o Parque Natural da Serra da Estrela (Zonas Protegidas), a Reserva Natural da Serra da Malcata (Florestas e Matas), o Vale do Côa (Zonas Aquáticas Não Marinhas) e o Douro (Zonas Protegidas e Zonas Aquáticas Não Marinhas).

O PAINEL DE NOTÁVEIS

O painel de notáveis que escolheu as 21 maravilhas finalistas foi constituído por Abílio Martins (administrador da PT), Carlos Pinto Coelho (jornalista, autor e apresentador), Carlos Teixeira (vice-presidente da LPN), Fernando DaCosta (jornalista e escritor), Filipa Lacerda (directora executiva da LPN), Filomena Martins (directora adjunta do DN), Francisco Ferreira (vice-presidente da Quercus), Gonçalo Pereira (director da revista National Geographic Portugal), Joana Vasconcelos (artista plástica), João Joanaz de Melo (presidente do Geota), José Alberto Carvalho (director de Informação e pivot da RTP), José Luís Peixoto (escritor), José Luís Ramos Pinheiro (administrador do Grupo Renascença), Nuno Gama (estilista), Olga Roriz (coreógrafa e bailarina), Paulo Ferreira (sub-director do JN), Paulo Pires (modelo e actor), Pedro Norton de Matos (partner da MY CHANGE e GINGKO), Susana Fonseca (presidente da Quercus), Tito Rosa (presidente do ICNB) e Victor de Souza (actor).

SETE MARAVILHAS CONHECIDAS EM SETEMBRO

A votação, auditada pela PricewaterhouseCoopers, vai prolongar-se até 7 de Setembro de 2010. As vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos em cada categoria e não serão eleitas mais do que duas Maravilhas por região.

As “7 Maravilhas Naturais de Portugal” serão conhecidas a 11 de Setembro, numa cerimónia a ter lugar na Ilha de S. Miguel, nos Açores.

 


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