UBI participa na Shell Eco-marathon

Para esta edição, uma equipa de 12 elementos, entre docentes e alunos, trabalhou num novo carro. A academia beirã vai participar mais um ano na Shell Eco-marathon. Para esta edição, uma equipa de 12 elementos, entre docentes e alunos, trabalhou num novo carro. Um projeto que tem por base a utilização de matérias naturais na […]

Para esta edição, uma equipa de 12 elementos, entre docentes e alunos, trabalhou num novo carro.
A academia beirã vai participar mais um ano na Shell Eco-marathon. Para esta edição, uma equipa de 12 elementos, entre docentes e alunos, trabalhou num novo carro. Um projeto que tem por base a utilização de matérias naturais na construção do veículo que vai estar presente no circuito citadino de Roterdão. O que se pode fazer com conjunto de placas de cortiça, uns quantos panos de algodão e um punhado de fibra de coco? A resposta menos esperada é, sem dúvida, um carro. Mas foi isso mesmo que um grupo de docentes e alunos da Universidade da Beira Interior fizeram. A envolver um chassis tubular em ligas leves estão alguns painéis constituídos precisamente de corticite e algodão e revestidos a fibra de coco. Esta foi a fórmula revolucionária que os académicos encontraram para dar vida a mais um carro produzido na Universidade da Beira Interior com o objetivo de participar na Shell Eco-marathon. Este ano, a prova organizada pela petrolífera, apresenta, para além das habituais vertentes de competição – que passam por percorrer o maior número de quilómetros com a menor quantidade de combustível possível, – uma componente ambiental. É precisamente nesta linha que vai a grande aposta da academia beirã. Na sua 14ª participação, a equipa da UBI tem já um vasto palmarés que pretende ampliar. Ao longo de todos estes anos, a academia beirã foi conseguindo recordes nacionais, tendo, nas últimas cinco edições, conseguido concluir a prova. Este ano não é exceção e as espectativas da equipa do UBICAR são altas. No circuito citadino de Roterdão, uma das principais preocupações passa por percorrer o maior número de quilómetros com a menor quantidade de combustível possível. Para além disso, a petrolífera que patrocina todo este evento, introduziu uma vertente “ecológica” e as melhores soluções são as premiadas. A UBI espera, também aqui, dar cartas. Fernando Santos, docente no Departamento de Engenharia Eletromecânica e um dos principais impulsionadores de todo este projeto começa por explicar que «esta é uma aposta, essencialmente pedagógica». Isto porque, com a criação destes veículos, «os alunos acabam por ter a oportunidade de colocar na prática, todos os conhecimentos teóricos que foram adquirindo ao longo da sua formação». A isto junta-se o facto de terem um vasto campo de inovação, uma vez que se tratam de protótipo e veículos de experimentação. Criar um carro com soluções mais amigas do ambiente envolveu alunos de engenharia aeronáutica «mais dedicados à parte da motorização», alunos de engenharia eletromecânica, «ligados à concepção do chassis, sistema elétrico e sistema de travagem» e ainda alunos de design multimédia e design industrial, «que foram responsáveis pela estrutura envolvente do carro». Painéis de corticite, isolados por tecido de algodão e acabados com fibra de coco assumem-se como a solução «ecológica» e futurista, avançada pela UBI. Os responsáveis pelo projeto esperam conseguir bons resultados, quer em pista, quer também no concurso destinado a avaliar estas soluções amigas do ambiente.

Conteúdo Recomendado