E existem unidades com ocupação “a 80% e a 100%”. Quem o diz, ao DN, é Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, que aponta para o reforço da procura por parte do mercado nacional como “uma realidade nova a contribuir pela primeira vez para um aumento sustentado” da ocupação hoteleira nesta altura do ano.
“Mais de 50% das dormidas são de portugueses e 15% a 20% de espanhóis, os quais se afastaram do Algarve desde a introdução das portagens na Via do Infante, além de se debaterem com uma crise económica no seu país. Por outro lado, confirmou-se o aumento da procura dos mercados britânico, alemão, holandês e irlandês, o que a juntar-se ao facto de a Páscoa, em 2014, ser mais tardia e as condições climatéricas estarem convidativas para miniférias, permite à hotelaria uma recuperação, embora ligeira.
Falta é saber se o clima de confiança junto dos consumidores numa economia débil se reflete no setor do turismo”, observou Elidérico Viegas. Num período do ano em que surgem ofertas especiais, muitos visitantes optam por permanecer, em média, três ou quatro dias no Algarve. “A tendência nos tempos atuais é para estadas mais curtas, quinta, sexta-feira, sábado e domingo, com marcações sobretudo em cima de hora, numa altura que coincide com férias escolares e de fim de cursos. Uma das razões para a subida da ocupação hoteleira tem a ver com ofertas especiais nos preços, mas o Algarve não está a saldo”, frisou aquele dirigente associativo, que considera a Páscoa um bom indicador para um aumento do turismo no próximo verão. Já em relação ao alojamento ilegal, Elidérico Viegas pede mais fiscalização ao Governo para evitar concorrência desleal.
