Trepadeira Azul lança petição pelo fim da caça em zonas protegidas

ONG com sede na Serra da Estrela diz que a actividade cinegética está a «lesar irremediavelmente os ecossistemas»  A Fundação Trepadeira Azul, uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos sediada no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), lançou uma petição pelo fim da caça nas zonas protegidas e na Rede Natura 2000, com […]

ONG com sede na Serra da Estrela diz que a actividade cinegética está a «lesar irremediavelmente os ecossistemas» 

A Fundação Trepadeira Azul, uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos sediada no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), lançou uma petição pelo fim da caça nas zonas protegidas e na Rede Natura 2000, com o apoio de associações de defesa dos direitos dos animais, entre as quais está a ANIMAL.

A Trepadeira Azul está a recolher assinaturas a nível nacional para levar à Assembleia da República a petição “Pela Proibição de toda a Actividade Cinegética na Rede Natura 2000”. Esta ONG afirma, em comunicado, que se tem debatido «com o impacto dramaticamente negativo que a caça – ironicamente permitida numa área protegida tão sensível e importante como o PNSE – tem no ecossistema local». «A actividade cinegética lesa irremediavelmente os ecossistemas, contamina com chumbo e outras substâncias água e solos, destruindo a agricultura», alerta a Trepadeira Azul, para depois explicar que «um só bago de chumbo pode contaminar até 12 mil litros de água». A caça acaba assim por «não permitir, afinal, o uso da Rede Natura 2000 e dos parques naturais para os fins com que foram criados, além de acabar por pôr em causa o frágil, mas vital, equilíbrio ecológico destas áreas», lê-se ainda no comunicado. Além disso, as zonas de caça «atrapalham» o desenvolvimento de acções, queixa-se a Trepadeira Azul, que se diz limitada no levantamento das espécies existentes ou na recepção de crianças na maior parte do ano por existirem algumas áreas de cinegéticas nas proximidades da sua propriedade. Neste caso, a ONG fala ainda de violação da lei, visto que «a fundação tem placas de sinalização de zona de caça a menos de três metros da porta de casa».


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