A antiga ministra Teresa Gouveia vai liderar a Comissão de Honra da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, e 17 municípios da região ficam integrados no Conselho Geral.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, anunciou ontem que a autarquia pediu a Teresa Patrício Gouveia, que tem raízes familiares na Guarda, “para encabeçar a Comissão de Honra” da candidatura e que o convite foi aceite.
A antiga ministra, quando contactada, “assumiu logo de forma frontal” o desafio e comunicou que “tinha todo o orgulho em estar como presidente da Comissão de Honra” da candidatura, disse o autarca na sessão de apresentação da Estrutura Geral Organizativa da Candidatura, do Conselho Geral e da sua imagem visual.
As restantes personalidades que vão fazer parte da Comissão de Honra serão anunciadas posteriormente.
Segundo a autarquia da Guarda, o Conselho Geral, um órgão que tem uma função consultiva, integra os presidentes de 17 autarquias da região que estão envolvidas no processo, sendo 15 municípios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal, Trancoso, Belmonte, Covilhã e Fundão) e os municípios de Aguiar da Beira e de Vila Nova de Foz Côa.
Do Conselho Geral, que será presidido por Carlos Chaves Monteiro, fazem ainda parte representantes das Universidades da Beira Interior (Covilhã) e de Salamanca (Espanha), do Instituto Politécnico da Guarda, da Associação Empresarial NERGA e da Diocese da Guarda.
Na mesma sessão, o vereador Victor Amaral, com o pelouro da Cultura e do Turismo no município da Guarda, informou que será também criada uma Equipa de Projeto, que ficará na sua dependência direta, e que será liderada por um coordenador, a indicar em breve.
Existirá ainda uma Comissão Estratégica que será presidida por Urbano Sidoncha, professor na Universidade da Beira Interior.
Nesta sessão realizada no café concerto do Teatro Municipal, foi apresentada a imagem visual da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, que tem associada a frase “17 pontos que se ligam para abrir fronteiras”, numa referência aos municípios envolvidos.
“É uma imagem clara, concisa, contemporânea, que se pretende que seja apreendida facilmente neste território ou em qualquer parte da Europa”, justificou Luís Neves, da empresa que ganhou o concurso para trabalhar o plano de comunicação.
O presidente da autarquia da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, disse no seu discurso que “nem tudo correu bem” até ao momento (numa alusão à recente demissão do coordenador José Amaral Lopes e do parceiro em França João Heitor), mas garantiu que a candidatura tem agora “a estrutura necessária” e “riqueza relevante” para ser “vitoriosa”.
O Parlamento Europeu aprovou a 13 de junho de 2017 a lista dos Estados-membros que vão acolher as capitais europeias da Cultura entre 2020 e 2033, que prevê que uma cidade portuguesa seja capital em 2027, juntamente com uma localidade da Letónia.