Secretária de Estado das Comunidades saúda portugueses na linha da frente

Nesta mensagem por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes congratulou-se pelo regresso das visitas às comunidades.

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas saudou hoje, com particular apreço, os “portugueses notáveis” que estiveram e estão na linha da frente do combate à pandemia de Covid-19, durante a sua mensagem por ocasião do Dia de Portugal.


Numa mensagem divulgada a partir dos Estados Unidos, onde se encontra no âmbito de uma visita às comunidades portuguesas neste país, Berta Nunes referiu que, em tempos pandémicos, a “resiliência e a coragem” das comunidades portuguesas foram “especialmente evidentes”.

E manifestaram-se “no esforço que [as comunidades] fizeram para manter a distância dos amigos e familiares que os esperavam em Portugal, no exemplo que deram de entreajuda e solidariedade nos países de acolhimento”.

Berta Nunes saudou, em particular, os portugueses “notáveis” que “estiveram e estão na linha da frente do combate à pandemia – médicos, enfermeiros, investigadores, alguns deles com importantes contributos para desenvolvimentos das vacinas contra a Covid-19, auxiliares de saúde e todos os que contribuíram para combater esta situação”.

Nesta mensagem por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes congratulou-se pelo regresso das visitas às comunidades, que se traduzem na “oportunidade de ouvir as suas histórias, conhecer os seus feitos, o seu dia-a-dia e, uma vez mais, ver a sua capacidade de resiliência e a sua coragem”.

“Junto-me assim a uma festa que acontece pelo mundo inteiro e que tem os portugueses, em particular aqueles que residem no estrangeiro, como seus protagonistas e grandes dinamizadores”, afirmou.

Berta Nunes aproveitou a efeméride para lembrar “as primeiras gerações de emigrantes que partiram para os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá, a Venezuela e outros países, em busca de uma vida melhor”, bem como “os seus filhos e netos ou tantos jovens graduados e pós-graduados portugueses que vivem hoje em mobilidade constante”.

A diáspora portuguesa conta com cerca de cinco milhões de portugueses e lusodescendentes, sendo os principais países de fixação a França, Suíça, Brasil, Reino Unido, Alemanha, China (inclui Macau e Hong Kong), Luxemburgo, Estados Unidos da América, Venezuela, Canadá e África do Sul.

Em 2020, as remessas de emigrantes corresponderam a cerca de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) português, menos 1,4% do que em 2019, segundo dados apurados pelo Banco de Portugal.

Berta Nunes defendeu “um diálogo permanente, quotidiano, olhando para o futuro sem esquecer o passado”, o que se faz “preservando a memória através da museologia, da literatura ou das tradições que o movimento associativo mantém vivas”.

Mas também “criando e reforçando as redes científicas, culturais, económicas e sociais entre o país e a diáspora” e “prestando serviços de qualidade nos postos consulares no estrangeiro”.

O reforço dos vínculos que ligam portugueses e lusodescendentes ao país, através do ensino da língua portuguesa, da ação cultural externa, do incentivo ao investimento e do apoio ao movimento associativo, é outra das medidas defendidas pela secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.

Segundo dados oficiais, a rede do Ensino de Português no Estrangeiro (EPE) abrange no presente ano letivo 1.445 escolas e 66.055 alunos nos níveis de ensino pré-escolar, básico e secundário.

Berta Nunes iniciou na sexta-feira a visita aos Estados Unidos, onde reside uma comunidade portuguesa estimada em cerca de 1,3 milhões de portugueses e lusodescendentes.


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