Randstad vai criar 180 postos de trabalho com instalação de contact center na Guarda

A Câmara da Guarda celebrou ontem um protocolo de colaboração e um contrato de arrendamento com a Randstad para instalação de um ‘contact center’ que criará 180 postos de trabalho dentro de um ano e meio.

Segundo o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), o ‘contact center’ será instalado no pavilhão do Parque Municipal e começará a laborar “até aos finais de julho” com cerca de 40 trabalhadores.

“Estamos a falar de um contrato de cinco anos, esperando eu, renovável”, disse o autarca aos jornalistas, indicando que a Randstad pagará uma renda mensal no valor de 670 euros.

O autarca apontou que a empresa que vai instalar-se na cidade criará “180 postos de trabalho até [ao prazo de] um ano e meio, a começar previsivelmente até aos finais de julho, já com cerca de 40 pessoas que já estão com o registo feito, estão selecionadas, estão em formação”, disse.

Álvaro Amaro adiantou que o ‘contact center’ envolverá a empresa francesa Altice daí que considere tratar-se de “um projeto de muito grande seriedade, de grandes perspetivas em termos de futuro”.

De acordo com o protocolo celebrado, na Sala António de Almeida Santos, no edifício dos Paços do Concelho, a autarquia da Guarda terá que executar obras no edifício que vai acolher o projeto, no valor de cerca de 170 mil euros.

No entanto, Álvaro Amaro adiantou que caso a empresa abandone o projeto antes do prazo estipulado terá de indemnizar a Câmara pelo “valor do investimento que ainda não foi utilizado pela amortização”.

O diretor-geral da multinacional Randstad Portugal, José Miguel Leonardo, disse que a assinatura do protocolo é “um momento marcante” por representar um investimento da empresa Altice, que irá prestar, a partir da Guarda, serviços à empresa francesa SFR.

O responsável disse aos jornalistas que um dos fatores que levou à instalação do ‘contact center’ na cidade mais alta do país foi a “disponibilidade de mão-de-obra, de pessoas que apresentavam um conjunto de habilidades necessárias para o desenvolvimento” do projeto.

“Sendo um projeto que está alicerçado nos serviços a prestar para França, o domínio da língua francesa é absolutamente fundamental. Não é, no entanto, a única habilidade que se requer destes operadores de ‘contact center’”, admitiu.

O ‘contact center’ irá funcionar no edifício do Parque Municipal da Guarda onde, entre 2009 e finais de outubro de 2013 laborou um centro de suporte a clientes e negócios da Adecco.

O protocolo de colaboração e o contrato de arrendamento celebrados foram aprovados na reunião quinzenal da autarquia da Guarda por maioria, com a abstenção dos vereadores do PS.

Os socialistas José Igreja e Joaquim Carreira justificaram o sentido de voto pelo facto de não terem tido acesso ao documento antes da sessão camarária.


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