PS da Guarda considera que Portugal perdeu "homem de 'H’ grande”

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O presidente da Federação Distrital do PS da Guarda, António Saraiva, disse à agência Lusa que, com a morte de Mário Soares, o país perdeu “um homem de ‘H’ grande” e a Guarda um amigo.

“Perdeu-se um homem de ‘H’ grande, nomeadamente em termos da democracia, não só em Portugal, mas no mundo. Foi um dos homens que ajudou a construir também o PS e a democracia (…) não teria tido o mesmo peso, o mesmo valor e atitude, se não tivesse havido um homem chamado Mário Soares”, declarou o líder da Federação socialista.

Para o presidente do PS da Guarda, Mário Soares foi “um grande resistente” e, além da sua intervenção política e social, foi também “um homem que marcou a História de Portugal enquanto estadista, enquanto Presidente da República”.

António Saraiva disse, ainda, que o antigo Presidente da República “tinha um carinho muito especial” pela cidade e pelo distrito da Guarda, onde possuía “grandes amizades” de âmbito político e pessoal.

Segundo este responsável socialista, com a morte de Soares, a Guarda perde uma pessoa que “era amiga da cidade e do distrito”.

Mário Soares morreu no passado sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de hoje.

Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.

Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974.

Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respetivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.


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