O vereador do PS na Câmara Municipal da Guarda, António Monteirinho, criticou as intervenções no Parque Polis e disse que o partido vai incentivar a criação de um movimento cívico para defender o espaço.
António Monteirinho, que substituiu hoje a vereadora Adelaide Campos na reunião do executivo, defendeu ser necessário “impedir os atentados” que têm sido feitos no Parque Urbano do Rio Diz, também identificado por Parque Polis.
Revelou que o PS vai incentivar a criação “de uma associação ou uma liga para defender a utilização daquele espaço” e garantiu que, “quando o partido voltar a ser governo na cidade, irá fomentar a reversão de todas as obras que não digam respeito ao objeto original do Parque”.
António Monteirinho apontou vários exemplos num parque que considera estar “retalhado”, criticando em particular o parque canino recentemente inaugurado.
O vereador do PS assegurou que nada tem contra a existência de um parque canino, mas discorda que tenha sido criado naquele local.
“Não devia ter sido feito naquele parque. Naquele parque é mais bem tratado um animal doméstico do que uma criança. É preciso ser dito, com esta frieza. Porque têm acesso à água e têm os equipamentos todos novos. As crianças praticamente não conseguem brincar naquilo que é o parque infantil”, censurou.
António Monteirinho, que é também líder da concelhia socialista, disse que o partido quer que, numa primeira fase, “a população seja reivindicativa em relação a esta degradação”.
Posteriormente, admite a possibilidade de o movimento se alargar a outras estruturas da cidade, dando o exemplo da Praça Velha.
O vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro, também reconheceu, aos jornalistas, que já passaram dois anos de mandato e que “não houve melhorias” no Parque Polis.
O autarca salientou que se “impunha um cuidado mais evidente” para com aquele espaço verde.
O presidente da Câmara Municipal, Sérgio Costa (Movimento pela Guarda) admitiu que o parque infantil do Parque Polis “tem de ser reabilitado”, mas salientou que também é necessário continuar com a requalificação dos outros espaços infantis na cidade.
A estimativa é que seja necessário um milhão de euros para as intervenções, metade do valor só para o Parque do Polis.
“É absolutamente necessário fazer as intervenções, mas é preciso fazer contas à vida. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo”, ressalvou.
Em relação ao parque canino, o autarca sublinhou que é uma estrutura “importante” no Parque Polis.
“Foi considerada a melhor para colocar o parque canino. Havia muitos pedidos para que no Polis pudesse existir este espaço”, justificou.